30 de janeiro de 2009

Só pra avisar.


Queridos amigos lindos e simpatizantes que sempre estão lendo os meus textos,
Estou passando por um momento meio delicado e no momento não estou com gosto, vida, paciência, amor, prazer e principalmente, alegria para escrever por esses tempos.
Para quem não sabe, sofrer é uma coisa nojenta, horrenda, podre, cruel e injusta. Estou com tudo isso ai na minha vida, no meu coração. Estou sem nenhum pique. Estou fraquinha, tadinha de mim. ;)
Estou sofrendo e não estou conseguindo superar algumas coisas. Não estou conseguindo isso com os amigos, dormindo, fingindo que está tudo bem e nem dizendo a toda hora "Que se foda".
Eu não quero que se foda. Eu quero que essa minha tristeza, ELA SIM, que se foda e saia logo de mim.
Estou doente de tristeza e não achei um remédio pra ela ainda.
Ser uma frouxa e demonstrar tristeza, nuuunca foi meu forte, mas o negócio ta bravo, meus amigos. TA BRAVO!
Ta pegando aqui. Ou como eu mesma falo: "ME FERREI LIIIIINDA"
Mas como acredito e confio na ciência, queria deixar claro que estou procurando a cura e SOZINHA.
Talvez não tenha me curado antes por falar tanto, depender demais e precisar demais dos amigos.
Não quero mais isso. Quero ficar sozinha e resolver sozinha.
Dia 04 (ou é dia 05?), uma amiga vai veeeer se ela pode vir me visitar e eu vou estar de braços abertos pra sua chegada. Mas até lá, quero distância de falar, pensar, sonhar, me esperançar e qualquer merda que diga respeito ao AMOR.
Eu também quero que o amor se foda (nesse momento, claro).
Essa porra de sentimento não foi feito pra mim. Eu nasci dura e quero morrer DURA. Má. Sem nada de sentimentos daquele tipo. Daqueles lá, MESMO, NÃO!

Portanto, por motivos de força maior, mas maaaaaaaaaior mesmo que eu, e que nunca imaginei passar, peço a compreensão de todos e justifico a minha ausência com uma morte momentânea.
Quando eu voltar, mais viva que nunca (Hmm.. fênix logo. kkkkkkkkkkkk), eu escrevo alguma merda pra vocês rirem.
Meu orkut também vai ser um pouco abandonado e o meu msn. O que ainda vou ler são os emails e se houver algum comentário aqui, tbm será lido.
Talvez eu volte ao normal se a minha amiga vier aqui me consolar, ou sei lá, depois do Carnaval, quando São Salvador tiver pena desta vadia que vai pra lá triste e me dá uns 12 dias de pura alegria.
Tenho que fugir de tudo. Fugir.
Até a volta.
Enquanto a volta não chega, FODA-SE!


Beijos da sua chatinha chorosa,

Naiane Feitoza.



P.s.: e pra vc que ta me fazendo sofrer... VAI A PUTA QUE TE PARIU!
P.s².: Essa foto é em Macapá.
Um COTOCO beeeeem no meio da fuça à Là Rio Amazonas. E sim, sou eu nessa porra de foto.

29 de janeiro de 2009

Findou-se.




Alice - Eu não te amo mais.

Dan – Desde quando?

Alice – Desde agora. Não quero mentir... E não posso contar a verdade... Então está tudo acabado.

Dan – Não importa. Eu te amo. Nada disso importa.

Alice – Tarde demais. Eu não te amo mais. Adeus.

[...]

Alice – Mas por que me testar?

Dan – Por que sou um idiota!

Alice – Sim.

Alice - Eu teria te amado... pra sempre. Agora saia.

Dan – Não faz isso. Fala comigo.

Alice – Já falei. Fora!

Dan – Você entendeu mal. Eu não queria...

Alice – Queria sim.

Dan – Eu te amo!

Alice – Onde?

Dan – O quê?

Alice – Me mostra! Cadê esse amor?

Alice – Eu não o vejo. Eu não posso tocar nele. Eu não sinto. Eu te ouço. Escuto umas palavras... Mas não posso fazer nada com suas palavras vazias. Diga o que disser. É tarde.

Dan – Não faz isso!

Alice – Está feito.

Dan - O que faz quando não ama mais?

Alice - "Eu não te amo mais, adeus!"

Dan - E se você ainda ama?!

Alice - Não, vai.

Dan - Nunca abandonou ninguém que ainda amava?

Alice - Não!
Mais uma vez, todos passaram perto demais do amor.
E o amor existe? Você já o viu? Já o tocou? Já o sentiu?
Por favor, nada de metáforas românticas.
(Diálogo do filme Closer)


Quando assisti Closer a primeira vez, tive um nojo momentâneo e prometi a mim mesma, nunca mais assistir a esse filme. Me perturbou aquela coisa sem graça. Aquela história de amor retorcida. Aquele desentendimento todo.
Como eu não sou uma mulher de palavra em nada do que falo ou prometo, o assisti pela segunda vez, agora no ano passado (2008). Lembro que estava na sala, meio perplexa por estar olhando de outro jeito pra um filme que tanto falei mal.
E no final me perguntei: Quem chegou mais perto?
Perto do amor. Perto da verdade. Perto da realidade.
Bem, eu não sei. Não sei se foi o filme que chegou ao ponto de mostrar a realidade de todo mundo, sem embonecar demais, sem afrescalhar um amor tão comum e que todo mundo poderia ter passado por tanto. Ou foi a visão da verdade que eu tentei esconder todos esses tempos dentro de uma mentalidade tão fechadinha, tão sonhadora.
Esse diálogo é o meu favorito. Quando Alice diz que o amor acaba, e que é por isso que ela o está abandonando. Acabou o amor e pronto, oras.
Acredito muito nisso. Acredito que o relacionamento só pode acabar quando o amor acaba. Terminar de uma hora pra outra, do nada, por orgulho ferido, por machismo ou o que quer que seja, que NÃO SEJA por amor, é de uma monstruosidade sem fim. É ser injusto com quem você ama. É ser injusto consigo mesmo. É ser covarde. Não há outra colocação. É Covardia.
É como um suicídio. Não ter coragem de enfrentar o que vem pela frente, pensar que não pode se resolver o que é “resolvivel”. É como um aborto. E eu odeio essas fraquezas dos seres humanos.
Que eu saiba, a única coisa que não é tão fácil de se resolver é a morte; o resto a gente faz uns remendos bem feitos.
Não falo de amor remendado. Que tem a costura pra fora. Que tem o corte mal feito. Que tem uns pedacinhos que estão faltando. Falo de consertar sentimentos que podem ser melhor aproveitados. Curar feridas. Falo de ser possível. Falo do FAZER o possível. De querer mudar.
Ninguém fala que ama e do nada deixa de amar porque ouviu uma mentira, por causa de uma roupa suja, toalha molhada, encanação. A gente termina uma história pela falta de discussão, falta de amor, falta de sentimentos para se renovar. Falta de se resolver tudo na cama.
Uma vez acreditei que não existiam histórias de amor. Porque eu ouvi que histórias têm seu começo, meio e fim. O “contador” me disse que em casos de amor isso não era válido.
Eu acreditei nesse sonho, nesse conto de fadas. Mas, infelizmente (ou felizmente) há começos, meios e fins. Dolorosos ou não, há um final. Tudo não passa de uma história.
A historia que eu vi em Closer foi que Alice, por muito se magoar, deixou de amar o Dan. Não foi uma daquelas histórias mal contadas. Não foi um abandonar com sentimentos. Não foi o abandonar o amor.
Sinceramente, não sei como as pessoas se mostram fortes pra certas decisões que tomam.
Ninguém finda de qualquer jeito. Ninguém magoa do nada. Ninguém termina por nada. Ninguém coloca o pontinho, ali no final, por amar.
Terminou. Acabou. Findou. Finalizou. Liquidou.
Eu tenho medo de finais. Tenho medo do que vem depois deles.
Porque eu fico imaginando: quando uma história de amor termina e ainda sobram sentimentos, o que nós fazemos com eles?
Eu não sei empurrar nada pra baixo do tapete. Não sei ferir. Não sei esquecer. Não sei fingir. Mas uma coisa eu aprendi direitinho com a Alice. Aprendi a fugir. Fugir pra bem longe.
Fugir do amor.
Corra, Alice. Corra. Que eu vou junto com você.


Naiane Feitoza

26 de janeiro de 2009

A idiota.

“Nossas juras de amor

Já desbotadas.

Nossos beijos de outrora

Foram guardados.

Nosso mais belo plano

Desperdiçado.

Nossa graça e vontade

Derretem na chuva.

Se lembrar dos tempos

Dos nossos momentos

Lembre da nossa música.

Se voltar desejos

Ou se eles foram mesmo

Lembre da nossa música.

Um costume de nós

Fica agarrado.

As lembranças, os cheiros

Dilacerados

Nossa bela história

Está no passado

O amor que me tinhas, era pouco e se acabou.”

E eu que pensei que não existiam músicas que falavam por nós.
Ela voltava pensativa do interior da cidade onde morava. Pensativa, não. Voltava envergonhada dos pensamentos que estava tendo por causa de uma música que não saía do seu MP4.
Na ida ao interior, a única coisa que passava pela sua cabeça era de chegar lá e pegar o que tinha que pegar E PRONTO. Nada de pensar no que estava lá atrás. Na raiva da noite e do dia todo.
Foi pensando nas músicas do É o Tcham! e nas coreografias que em outra encarnação rebolou com gosto e hoje seria apedrejada se alguém a visse dançando. E o pior de tudo é que lembrava com perfeição de cada paradinha, reboladinha e mais inhas que passavam pela sua memória. E com isso, ela foi esquecendo o que tinha aborrecido o seu lindo humor de sábado.
Na volta, como sabemos, temos a impressão de que chegamos mais rápido ao nosso destino. E ela queria mesmo voltar, se possível, de jato pra casa. Com uma crise alérgica de fazer inveja a qualquer ser com rinite, ela volta com aquele fungado horroroso no ônibus.
Depois de alguns cutucões que a moça da poltrona ao lado conseguiu esbanjar em sua coxa, ela lembra do seu lindo MP4 azul que estava escondidinho na bolsa.
Aperta aqui, encaixa dali e o som começa a sair. Ela ri de algumas músicas que nem havia lembrado que tinha gravado. Começa a cantarolar quando a moça da poltrona ao lado acorda (finalmente) e liga o mp3 de seu celular.
Com essa ela não contava. Notou que estava arrumando uma platéia exigente, então decidiu cantar mais baixo. Não queria ser expulsa do ônibus que tanto lhe fazia mal e mais ainda, bagunçava seus cabelos imoralmente cacheados.
Depois de ter ouvido uma linhagem de Vitor e Leo, Los Hermanos (que eu sempre aconselho para ser ouvido), Engenheiros (que eu já disse que era pra ela parar de ouvir) e mais um pouco de Fagner pra variar. Então, ridiculamente dá de cara com uma música que nem lembrava da existência. Uma que a Vanessa da Mata deveria ter feito pensando, até hoje, que só a mãe dela iria ouvir. Aquela louca!
Ela nunca tinha fechado os olhos tão apertados daquele jeito. E nem era por causa da alergia. Era por causa da emoção da letra, do gritinho, da lágrima que estava caindo. As lágrimas costumam arder quando não são bem vindas.
Lembrou de quando uma amiga, uma vez bem ali no passado, havia falado que ela estava sentimental demais, fraca demais, chorosa demais. Que ela era o seu PORTO SEGURO e agora não passava de uma tartaruga chorona.
E dai que ela estivesse sendo uma tartaruga?
E se ela quisesse ser uma águia? Não seria a chorona predadora do mesmo jeito?
Todo mundo se depara com uma música que esquece. Que deixa guardada lá fundinho da lembrança, ou mesmo que nem tenha dado muita confiança à letra. Você, simplesmente, um dia, para pra ouvir. Desliga os sensores dos barulhos de fora, fecha os olhos, esquece a alergia e ouve. E ouve. E ouve novamente.
Tem vontade de cantar alto. Faz barulhinhos com a boca. Abre o olho na parte mais forte. Como se fosse uma sílaba tônica de uma palavra qualquer. Aquele susto, sabe? Um tapa forte.
E ela começa a se perder. Saudade. Lembrança. Raiva. Orgulho. Sorrisos. Mais lembranças. Olha pro lado, pra o outro e vê somente uma menininha que a fitava tentando imaginar por que ela estava daquele jeito. Nem decadente, nem visivelmente abalada. Somente se embalando, se abraçando, se consolando.
Ela está fazendo o que ninguém pôde fazer por ela: está tentanto se acalmar, tentando entender.
“Músicas malditas”, ela pensa.
Que nada! Ela dá meio sorriso pra menininha e volta a fechar os olhos. Repete e repete a mesma música diversas vezes. Fica imaginando que seria legal cantá-la pra aquele cara. Mostrar que ela sente tudo aquilo, que ela pensa exatamente igual. Que aquela música fala por ela. Como dizem os poetas: “nada melhor que uma canção para se falar de amor”.
Então ela tem a brilhante idéia de que QUANDO chegar em casa mandará um superemail pra mostrar essa letra. Vai atrás do vídeo no youtube. Vai colocar umas coisas bem explicadinhas. Vai dizer que ele é um idiota por não querer estar com ela, e vai lembrá-lo de como as coisas poderiam ser diferentes. Já que ela é uma mulher fantástica.
Chega em casa. Coloca a mala em um canto. Toma um banho demorado pra animar mais ainda. Pensa em todas as palavras que vai colocar. Imagina que está sendo ridícula, mas ignora tal papel. Nenhuma atriz seria tão verdadeira. Iria se vestir de heroína mais uma vez e ia fazer o que estava pensando.
Ela era A cara.
Chega em frente ao computador e...
Faz essa merda de texto que vocês estão lendo.
Nada mais, nada menos.
Idiota!



Naiane Feitoza.

23 de janeiro de 2009

Vou contar...


Eu queria falar de um monte de coisas. Mas isso tinha que ser hoje. AGORA.
Queria falar das novas regras gramaticais que eu vou odiar ter que “reaprender” e usá-las de maneira que agrade a quem vai corrigir a droga da minha dissertação. Isso me aborrece tanto que nem sei se estou escrevendo corretamente nesse momento.
A gramática me deixa burra?

Queria falar sobre o livro que não parei pra ler por não ter tempo de ter paciência.
Queria falar sobre o Obama e que eu to feliz por ele SER ele.
Queria comentar sobre os três blogs novos que eu to devorando a cada dia e que eu acho mesmo que tem muita gente boa de munheca por esse brasilzão.
Tava afim de falar sobre os presentes que eu ganhei e os que dei, mas a preguiça mental ta batendo tão forte que me deixou no chão dessa vez.
Queria falar do sorriso amarelo que eu tenho quando acordo e que não gosto de piada sem graça nesse exato momento. Quem gosta de acordar com azedume?

Queria falar que eu sinto fome de um monte de coisas e que certas fomes vão sempre estar por aqui... Mas tenho uma placa ENORME no meu guarda-roupas dizendo: “Você está de regime”.

Queria contar da ponta de inveja que tive do amor dos outros, dos amigos, do amor pela perseverança, dos amores MAIS complicados que o meu e que deram certo. E estão dando certo. E vão dar certo. E o meu não dá nada. A gente “não pode”.

Queria me dedicar a alguma coisa, alguém, ao tempo e ao vento no rosto.
Nunca comentei que eu canso de falar e por isso me prendo a escrever.
E eu to tão cheia de idéias, que o que me falta é coragem para colocá-las em prática.

Estou, ABSURDAMENTE, apaixonada por uma blusa linda que eu comprei e que nem cabe em mim, mas que encheram meus olhos de brilho só de imaginar que iria caber nesse corpo magro. Não tem problema. Eu espero a costureira aparecer.

Não posso deixar de dizer que não entrei na comunidade “Ouço mil vezes a mesma música” a toa. Nesse exato momento estou ouvindo sei lá por quantas vezes a mesma música. E ela só me faz lembrar que saudade dói.
Saudade de quem ta perto.
Saudade de um cheiro.
Saudade de quem nem vivo está. Se matou. Sumiu. Não se faz presente.
Saudade.

Eu queria falar também que limpar o quarto é uma terapia. E que quando eu digo que estou BEM é porque ESTOU BEM. Ninguém diz nada por dizer.
Queria explicar que eu me preocupo de verdade com as pessoas. Quando eu digo que me preocupo, não pense a primeira besteira que surgir na cabeça. Já bastam as minhas besteiras. O pacote estragado de biscoitinho com torrões de açúcar.

Não quero deixar de explicar o quanto me orgulho de ser estabanada. Como eu sempre digo: há sempre um charme a mais.
Não tenho mais problemas com a raiva, com o descaso, com as feridas. Curei quase todas, só me falta reabrir uma. Pra ver se ainda dói. Pra ver se ela vai doer direito dessa vez.

Eu queria era falar de poesia, mas como não suporto “boiolismo”, deixo a poesia para Clarisse Lispector ou Carlos Drummond. A única que eu ainda engulo é de Florbela Espanca. E isso porque o Fagner me fez o favor de cantar “Fanatismo” da maneira mais fogosa e dolorida que já vi, ouvi, senti e imaginei.
Eu sei que você deve estar achando que eu não estou falando “nada com nada”. Mas é totalmente ao contrário. Eu estou falando DE TUDO. Menos do amor que cutuca, que aborrece, que faz eu lembrar que Chico Buarque é um puta autor de músicas que me fazem perder o chão.
O amor me move a escrever. O amor me leva a ler. Sentir. Roer. Pedir. Procurar. Esquecer.
O amor pelas pessoas. O amor pelas palavras.
O amor pelo elogio e pelo abraço.
Aquele abraço que ainda estou esperando e que levei esse texto todo, de forma enrolada e enroladora pra pedir.
Traga logo. O que nos separa são só algumas quadras, alguns orgulhos, algumas lembranças. Quando você passar pela primeira, nem vai notar que tudo passou.
Passou!
Tenho até vontade de dar mais um sorriso quando repito isso. PASSOU!
Passe pra esse lado. Porque estou que nem a música que está repetindo aqui, mais de mil vezes: “Parece não querer parar. Não quer parar. Não vai parar... Eu já o que os meus lábios vão querer, quando eu te encontrar...”.
Tão sincero quanto a saudade e a teimosia.
Naiane Feitoza

16 de janeiro de 2009

Obrigada.



"Eu sei que atrás desse universo de aparências das diferenças toda a esperança é preservada.
Nas xícaras sujas de ontem o café de cada manhã é servido. Mas existe uma palavra que eu não suporto ouvir e dela não me conformo.

Eu acredito em tudo, mas eu quero você agora.

Eu te amo pelas tuas faltas, pelo teu corpo marcado, pelas tuas cicatrizes, pelas tuas loucuras todas. Minha vida, eu amo as tuas mãos mesmo que por causa delas, eu não saiba o que fazer das minhas. Amo teu jogo triste. As tuas roupas sujas é aqui em casa que eu lavo. Eu amo a tua alegria mesmo fora de si, eu te amo pela tua essência, até pelo que você podia ter sido, se a maré das circunstâncias não tivesse te banhado nas águas do equívoco.

Eu te amo nas horas infernais, e na vida sem tempo.Quando, sozinha, bordo mais uma toalha de fim de semana.

Eu te amo pelas crianças e futuras rugas. Te amo pelas tuas ilusões perdidas e pelos teus sonhos inúteis. Amo o teu sistema de vida e morte. Eu te amo pelo que se repete e que nunca é igual. Eu te amo pelas tuas entradas, saídas e bandeiras. Eu te amo desde os teus pés até o que te escapa.

Eu te amo de alma pra alma. E mais que as palavras. Ainda que seja através delas que eu me defendo, quando te digo que te amo mais que o silêncio dos momentos difíceis quando o próprio amor vacila."



Maria Bethânia (In Maricotinha ao Vivo,2002)

Eu estou de férias de muitas coisas. Não tive tempo de pensar em tristeza ou raiva. Como diz em uma frase clichê que sempre leio por ai: "Ser feliz me consome muito".

Cheguei por aqui, sorri muito, dei gargalhadas gloriosas, nenhum porre memorável, mas momentos inesquecíveis.

Apelidos novos, choros engolidos (pelo menos de dia), raivas controladas, criaturas se misturando, se gostando, se respeitando.

Uma conversa longa. Acho que a única que foi séria. E só lembro de uma frase: "Eu sinto saudades todos os dias, por todos esses meses...".

Não é maldade lembrar disso, é só pra eu não esquecer que eu ainda tenho um coração. ;)

Meus olhos brilharam uma vez e foi muito surreal.

Tive vontade de mandar tomar no cu e mandei tomar no cu. Forjei, pedi, menti, comi, bebi, sorri, troquei, comprei, aluguei, briguei, beijei, abracei, dancei, dormi, adoeci, lavei, limpei, arrumei, reclamei, conclui, não entendi, não vou entender, "perseverei", elogiei, ajudei, neguei, chorei
(uma única vez)... Não voltei, não resolvi, não esqueci, não "desamei"...

Amei mais e amei menos. Desconsiderei, bati, liguei, planejei e outras coisas que eu nem lembro. Mas essas férias foram BOAS. "Melhor seria se melhor estivesse..."

Agradeço A TODAS AS PESSOAS que contribuiram com a minha felicidade aqui em Macapá.

Monique por estar sempre presente, me enchendo, me cutucanto, me falando "arô", me lembrando sempre que sou uma mulher forte, me levando pra comer camarão e coquinha, fazendo um tour pela cidade (da maneira mais louca que já vi) (ooOOoOo) por me amar e me dizer isso hoje pela tarde, por NÃO DEIXAR EU DORMIIIIIIIIIIIIRRRRRRRRRR (¬¬), por cozinhar pra mim, por me ensinar a jogar mau-mau, por rir de mim e por ser minh amiga linda do meu coração. Eu tbm te amo, sua folgada #)`

À Suzana 'S #) por ter me feito passar dias MARAVILHOSOS em Fortaleza, por me aturar, por dançar arroxa comigo (kkkkkkkkkkk), por ficar bêbada e brigar por causa de uma comanda (;x), por me levar na boate e depois... kkkkkkkkkkkkkk.. por sair com a gente, por sair comigo, por falar: "Cambio, desligo", por sermos 's2', pelo presente de natal e por ser minha amiga e amiga das pessoas que REALMENTE gostam de você e se importam.. apesar do tempo e da distância.

Sharlot por ser uma caaaaaaaagona, por me contar as melhores historias, por ser a minha alma gêmia em piadas, animações, gírias, gargalhadas, aventuras, choros (;~~ ), pensamentos, passeios, SONHOS, SALVADOR, palavrões, amigos e afins.. Por fazer de tudo pra me agradar, mesmo sabendo que eu sou UM SACO. OoOOO. minha cagona.

E as pessoas que se fizeram presente algumas vezes, outras (a maioria das vezes) que se fizeram AUSENTE (ingratos): Ellen, Wivi (por SUMIR por conta própria e eu SABER que vai me culpar por tudo isso). Ao Michelangelo que aturou os meus papos com a Monique e a Sharlot e mais um baaando de mulheres.. Ah, e por ter pagado um Hamburguer pra mim. kkkkkkkkkkkk... Suzana Souto por rir das mesmas piadas e ser ainda a minha cumadre mais enjoada desse mundo, Michel que quando me viu foi logo dizendo que me amava e me convidou pra ficar bêbada.. Desculpe, amigo, mas vc sabe que eu não poderia. Agradeço ainda ao Andrei, ao Marcelo que conheci no bar que ia tocar pra gente mas eu furei com ele (kkkkkkkkkkkkkk), ao Marco que nem o vi, mas me infernizou do mesmo jeito por msn

À minha família.. Vovó, titias, vovô, Mamãe que me paparicou e me encheu ¬¬, a Bibi por ainda ser a princesinha da mana, à Larinha por ser a sobrinha mais carinhosa do mundo, ao Guga por ser um nenem muito gostosinho e que a titia ama ouvir aquela gargalhadinha #)... Agradeço as irmãs que me atormentaram e NÃO atormentaram.

Enfim, agradeço a TODOS. #)

Obrigada de coração.

Lavei minha alma pela metade. Agora? Voltando pra casa. ;)

Ah, e esse texto que coloquei foi o que ouvi num especial antigo da Maria Bethânia. Não tive força nem pra chamar um lindo palavrão que me é sempre permitido... apenas suspirei. E ainda suspiro.

Saudades.