6 de maio de 2011

Não crie um monstro dentro da sua princesa.


Fiquei me perguntando, por esses dias, se eu era muito possessiva por ficar incomodada se, CASO, meu namorado ficasse de elogios, agradinhos, conversinhas carinhosas ou brincadeirinhas cheias de “nheco-nheco” com as amigas, conhecidas, colegas e afins.
“NÃO! Não mesmo. Absolutamente, NÃO SOU POESSESSIVA”, me respondi.
E não sou mesmo.
Posso ser ciumenta e meio “olho no peixe outro no gato”, mas, definitivamente, possessiva eu passo longe de ser.
Há casos que preciso expor pra que vocês entendam a situação chata, que passa uma namorada com um namorado LEGAL DEMAIS com todo mundo.

Imagine você, linda, serelepe, legal e gentil com o seu lindo namorado que escolheu pra dividir uns meses da sua vida (sim, porque escolhemos o namorado para passar uns meses, depois que nos apaixonamos perdidamente que dizemos a velha frase na cabeça: “Putz! Quero casar com ele!”), que te conquistou por ser essa doçura de pessoa que ele é, por ser tão gentil e legal, divertido e atraente. Aí, do nada, depois de algum tempo, você começa a notar que ele continua assim com você e... com todas as garotas possíveis e imagináveis (inimagináveis já é demais) no raio de quilômetros ao seu lado.
É isso mesmo, ele continua respondendo no facebook, carinhosamente, para a Joana, que ela é linda, que ta louco de saudades e quer dar um abração... Opa! Sinal de incômodo? Olha o resto, querida.
Depois, seu amor fica na de “ahhh, é brincadeira, amor. Me conheceu assim, vou morrer assim”.
(Respira! RESPIRA, MULHER!)
QUERIDO, VOU TE DAR UM AVISO: Quem nasce torto e morre torto é tronco de árvore e pinto torto, ta? Esse papo furado de elogiar todo mundo, quando se é solteiro, e continuar elogiando e quase colocando as TERCEIRAS no colo, depois de estar NAMORANDO, é coisa de moleque e homem que não tem medo de perder os dentes da frente.
Muito me admira um povo que faz isso na cara dura.
Tenho namorado, claro, e ele não faz isso. Óbvio! E o mais legal é que NUNCA pedi pra ele fazer uma coisa desse tipo, que me incomodasse. Sabe por quê? Porque ele sabe a sutil diferença entre namorar uma mulher que gosta de ser única na vida dele e as que ele vai deixar de ver quando eu der um soco no olho. PONTO FINAL. (HAHHAHA)
E não me entendam de um jeito radical. Incomoda, DE VERDADE, ver os nossos namorados (coloquei no plural pra englobar todas as amigas) elogiando a inteligência de uma, o sorriso de outra, falando da saudade da Joana, dos tempos de farra com a Maria, de como a Fernanda cheira bem, de como adora rir com a Chiquitita ou cair naquele velho cumprimento “internetês”. Exemplo clássco: - “oi, amor. Quanto tempo. Olha, to morrendo de saudades, viu? Quando vou te ver? Vem aqui em casa, amor. Sua amiga tem saudades suas. Hehehehe... Ta namorando, é? Axiiii.. ela vai entender nossa amizade, migo”.

PRIMEIRO: “migo” de cu é rola, minha filha. Vá ser “miga” de algum solteiro que você quer morrer de saudades e que esteja sozinho lá na baixa da égua.
SEGUNDO: amor? Não tem medo de morrer, não? Se ligue, viu?
TERCEIRO: HAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA.. Ir na sua casa, amada? Olha, namorado, se quiser inventar uma TERCEIRA Guerra Mundial é só atender ao pedido dela.


E por aí vai, minha gente.
Namorado que é namorado, faz seleção das amigas, elogia de maneira cordial e dá abraço caloroso sem escândalo, mas antes do abraço, apresenta à namorada, ué.
Como já havia dito: mulher gosta de ser única.
Guarde seus elogios pra sua namorada que lhe atura até de madrugada quando você liga pra falar NADA. Guarde seus carinhos, abraços e gargalhadas com a pessoa que lhe quis do jeito que você é e ainda anda de mãozinhas dadas por aí. Faça depoimentos e responda de um jeito meigo e doce pra nós, as namoradas que não suportamos amigas folgadas. Diga que sente saudades, que quer tomar um porre e fazer uma viagem louca com a gente.

Ah, vocês pensam que estamos incomodadas porque vocês têm amigas, é? Não, queridinhos, não é isso. O problema é a liberdade demais, é a intimidade, a meiguice. E não venham me culpar, porque eu tenho casos clássicos de que não existe essa porra de HOMEM TEM AMIGA MULHER. Vocês colocaram isso nas nossas cabeças. Ou já esqueceram o ciúme medonho que vocês têm daquele nosso amigo que é bonitão, que abraça gostoso e que nos chama de lindinha? Dói, né?
Não quer uma mulher nojenta, controladora, possessiva, chorosa e ciumenta do seu lado? ENTÃO NÃO DÊ MOTIVOS PRA ISSO. Simples como verde e amarelo são as cores do Brasil.
Nós confiamos em vocês, mas se derem um pequeno motivo, vai TUDO por água abaixo. Uma ligação escondida, uma mania de atender longe ou ficar saindo escondido pra ver as amigas (os) das antigas, são ótimas desculpas pra nos tornarmos um monstro devorador de namorados IDIOTAS. Aprendam, pelo amor de Deus!

Homens, queridos, amizade de boteco é uma coisa, amizade de faculdade é uma coisa, amizade de infância é uma coisa, amizade com a minha amiga é uma coisa. Esse papo furado de “conheço a Flávia antes de você, e vou continuar sendo amigo dela”, não me convence que eu esteja te proibindo de ser amigo dela, esse PAPO FURADO está só lhe alertando que ela pode ser um problema futuro para o seu relacionamento lindo comigo.
Seja gentil, educado e contido. Seja amigo da Flávia, mas um amigo que sabe os limites de uma mulher. É só isso. Respeite nosso namoro. Respeite a nossa história. Respeite o modo como lhe vejo e não crie uma predadora dentro de mim.
Me chamar de possessiva não vai resolver a sua mania de ser um mela cueca com um bando de amiguinhas que eu estou CAGANDO se você gosta ou não.
Seja homem, oras. Respeite as calças e diga: “tenho uma amiga e quero que você a conheça”. Isso resolve TAAAAANTA coisa, que você não tem noção.
Ufa!
Aprenderam ou querem que eu desenhe?

Naiane Feitoza.

P.s.: Não vou deixar verde ou aviso paras as tais amigas dos namorados. Não são elas que nos devem satisfação, né? Mas é sempre bom tomar umas aulas de boxe. Enfim, vai que eu dê uma porrada em uma por aí?! ;)

20 comentários:

Marcelle Nunes disse...

Adorei o texto.. parabéns querida..traduzir inquietações femininas, naturalmente complexas, é uma arte...
;-)

Thiago Soeiro disse...

Primeiramente PARABÉNS! Ficou muito legal o post. Gostei do blog. Vou seguir.

Karla Balieiro disse...

Sei que é sério, mas é um texto divertido demais! E dá uma certa dó do teu namorado e um "bem feito" para as amigas saidinhas! Legal, Naiane!

Anônimo disse...

Parabéns, perfeito. Enfim, uma mulher conseguiu eexpressar o que realmente se passa nesse universo complicadíssimo feminino, espero que todas aprendam um pouco com o texto. Rsrs. Abraços

Anônimo disse...

kkkkk..te imaginei falando tudo isso com gestos e tudo.
Confesso que no inicio do meu namoro era um pouco assim, tinha ciúme das amigas, mas depois que ele me apresentou como tais e as conheci e virei até amiga de algumas tudo se resolveu.
É algo tão simples, mas que eles complicam se preocupando com a nossa "possessividade".
Homens, não somos possessivas, apenas tenham mais empatia e se coloquem no nosso lugar.

Tem que fazer um post das amigas novas..essas são um problema tbm. E eles ainda vem com o discurso: "Pronto, agora não posso mais fazer amizades". ¬¬

Ludimila Miranda disse...

Hoje sou casada e muito feliz com o meu marido. Mas, quando namorei moleque, passei por esse tipo de coisa.
#EuRi e #vireifã

Camila Ramos disse...

Adorei a postagem.
Seu blog é foda.
Just it.


=)

Andréia Borba disse...

Perfeito!
Precisa dizer mais?
Bj.
Déia

Bruna da Mata disse...

"Porque ele sabe a sutil diferença entre namorar uma mulher que gosta de ser única na vida dele e as que ele vai deixar de ver quando eu der um soco no olho. PONTO FINAL. (HAHHAHA)"

Só uma frase: HAHAHAHAAHAHAHHAHAAHHA

Alcilene Cavalcante disse...

Ri litros...adorei,,

Anônimo disse...

ADOREI!
Passei por isso e sei como é. Me identifiquei muito com o texto. rs
Parabéns pelas postagens, Naiane.
seu blog é ótimo!

:*

Yashá Gallazzi disse...

A pergunta que não quer calar é: quem será que foi a menina elogiada pelo Yan? ;)

Naiane disse...

HAHAHHAHAHAHHA... Nenhuma, Sr. Yashá.
As demais meninas que leram o meu post, sabem do assunto que estou falando. E é um texto pra ELE se alertar (claro, para não acontecer NUNCA) e as amigas se sentirem acolhidas, porque TODAS somos assim. Todas ficamos paranóicas com alguns motivos que os bocós nos dão.

Cássia disse...

Adoreeeeeeeeei o texto! É isso mesmo. olha, uma época eu achava que estava meio doida por me incomodar com essas coisas, mas você me mostrou que não! Tudo nessa vida tem limite. E se um homem quer continuar se derretendo por to-das-as-a-mi-gas saudosas, continue solteiro ou namore uma palerma que ature isso. Comigo, não.

Beijos, querida.

Camila disse...

MENINA, vc é minha alma gêmea! Se vc soubesse os perrengues que já passei por coisas assim...

Cristina disse...

Parabéns querida, por saber perfeitamente colocar em palavras o que nós mulheres sentimos... Odeio o homem-galinha, muito gentil com as amiguinhas, e elas por sua vez, parece que se sentem atraídas por homens comprometidos... enfim, ainda tem aquele tipo de homem, que chega me dar nojo, que olha para outras mulheres até mesmo na presença da sua namorada. Parabéns novamente, você escreve muito bem!

Anônimo disse...

QUERO POSTAGEM NOVAAA!!! rs
Fico ansiosa pra ler suas postagens. :]

Aline Vanessa disse...

gostei einn, vc escreve de forma mto expressiva... Tô começando a blogar agora..
já me identifiquei com teu blog, bjuu

Fanzine Episódio Cultural disse...

O PRIMEIRO CONTATO
Certa vez, na ânsia de concluir um trabalho escolar, cercado de publicações dos mais variados autores e temas, e sem saber por onde começar despertei-me com um clique da minha esferográfica.
Eis que, como um “Deja Vu”, deparei-me com um antigo livro de contos em péssimas condições. O papel amarelado pelo tempo, perfurado por traças, empoeirado e suas páginas mal cheirosas.

A tinta usada em sua impressão ainda mantinha um bom contraste, o que o tornava legível.

Então, no volver furtivo e detalhado de cada página, eu descobri algo novo: textos envolventes com assuntos, embora de séculos atrás, tão atuais e familiares que passavam não só a mim, mas a quem quer que os lesse (leiam) uma profunda intimidade com o autor.

Agora eu já podia empunhar aquela, cujo clique não mais soava irritante, mas frugal.

Tudo era simples, evidente e claro. Eu não precisava mais daquela pilha de publicações, pois tudo estava ali, em cada cor, som, ou lembrança. Daquela ponta esferográfica, as palavras fluíram com naturalidade e deitavam em cada pauta com a suavidade de uma pétala que pousava sobre a relva.

Eu compunha com mais idéias, indeterminado, mais livre. Não havia motivo para se preocupar com “Lapsus Linguae”... Sim era minha primeira crônica. Agora eu sabia que poderia escrever sobre qualquer coisa.

*Cassius Barra Mansa é cronista machadense

Lapus Linguae = erros de linguagem

Junior Uchôa disse...

Li teu texto tremendo de medo. Vai ser braba assim na caixa prego.
Amei. hehehehe