13 de julho de 2010

Homens, por favor, APRENDAM.



Vamos ver se vou ter estômago pra falar de relacionamento. Ou melhor. Vamos ver se tenho estômago pra dizer a esses marmanjos e a essas “bonequitas”, que mulher é a coisa mais fácil do mundo de se conquistar (conquistar, hein! Nada de “comeu, correu”) e que não precisa virar um panema e fazer tudo errado.

Sabe, né? “Pra não dizer que não falei das flores...”.

Seguinte, queridões, vou falar em meu nome e em nome de algumas mulheres que conheci nessas minhas andanças. Vai desde as mimadas, princesas, certinhas, erradas, metidas, safadas (Opa!), piranhas (Ui!), dondocas, senhoras, enroladas, depressivas, BRAVAS, loucas e até o que diz respeito a mim, doce e salgada, romântica e ogra. Vou falar de nós, mulheres, de um jeito misturado.

O que chama a nossa atenção quando vimos um homem caminhando por ai? PORRA NENHUMA. Juro! Quando estamos com as amigas, a gente até nota uma bunda balançando e um bracinho musculoso. E, confesso, falamos isso alto pra que nosso ego entenda: “esse eu pegaria”, ou, “olha essa coisinha gostosa”. Mas, não passa disso, não.
Somos a discrição em pessoa. Sabe por quê? Somos vocês na versão “come-quieto”. Pra que fazer estardalhaço? Se a gente olhar com jeitinho, já chama atenção e pronto. Né?

Pois vamos à parte legal disso tudo. Vocês, meninos, não precisam achar que vamos nos apaixonar pela bunda de vocês, pela barriga de vocês, pelo cabelo voando com o ventinho lá do Rio Amazonas.
Olhando assim, de primeira, a gente não ta nem ai se a roupa de vocês é da moda. Se a gente quiser MESMO alguma coisa pra fazer contato, vamos mais fundo. Olhamos o corte do cabelo, pra ver se ta certinho. Olhamos se a roupa ta passada (SÉRIO!). Vemos o jeito de vocês falarem e de olhar pra gente.
Sabe o que chama a atenção? Homem cheiroso. Mas não aqueles litros que vocês costumam usar, e pensam que somos obrigadas a viver de asfixia. NÃO! Falo do cheiro de vocês mesmo. Eu gosto. Gosto muito de um homem que tenha o cheiro dele, só dele. Ui!

Outra coisa importantíssima: não falem alto pra nos impressionar. Queridos, querem cumprimentar um amigo? DÊ TCHAU! Simples e bonito. Agora, você mal ta conhecendo a menina e encontra um amigo do outro lado da rua, e ainda me solta um GRITO: “Ei, filho da puta! Como é que tá, cagão?”, depois desse vexame, ainda olha pra gente e diz: “hehehe.. depois te conto por que o apelido dele é cagão”.
GENTE, pelo amor de Deus, né? Eu lá quero saber se o cara caga? EU NÃO! Tome postura de homem e seja o príncipe que nós todas queremos no início, por favor.

Falei até aqui e está claro que já começou o furdunço, né? A gente já ta ficando. Aeee.. isso mesmo! Menino e menina já estão começando a ficar. Já começamos a nos olhar legal, e agora, SIM, notamos as roupas de vocês. Notamos as unhas, o cabelo ao vento, o sorriso apertadinho, os dentes. Já ficamos besta porque ganhamos a primeira menta (HAHAHA.. SÉRIO!), já contamos pras amigas que ganhamos bombons gostosos e já estamos no passo pra pensar no pós-beijo: cama!
Mulher que é mulher espera e enrola um bocadinho pra sair isso. Não que pensemos que somos cu doce. TEMOS PAVOR de ser cu doce quando estamos interessadas, mas é que sair e ir logo mostrando o corpo todo não rola, né? Você mal conhece a minha boca, e já quer conhecer minhas celulites? Não, não. Nós enrolamos pra você se interessar e querer MAIS depois.

No início nós gostamos dos abraços, dos beijos, dos amassos, das ligações só pra dizer que lembrou da gente. OoOoOoo.. Amamos isso, seus idiotas. Gostamos mesmo. A-D-O-R-A-M-O-S uma ligação de madrugada, mesmo que a gente diga que odeia ser acordada, só pra ouvir: “sonhei com você”. Tem coisa mais bonita? NÃO, não tem. Mais bonito que isso, são os presentinhos, os mimos, a flor no meio da semana, o email que chegou do nada, o sms que veio com “hoje eu te quero!”. Meniiiino, como isso enche uma libido. Faz a gente ligar pras amigas e dizer: “Olha o que eu tenho e tu nãrrão”. Coisas desse tipo, enchem a gente de alegria, enchem a gente de fantasia e planos.

Adoramos homens gentis. Adoramos homens educados, que abrem a porta pra gente, que cantem qualquer coisa pra gente, que toquem pra gente (Tum! Tum! Tum!). Adoramos. Mas sabe o que desgasta? Quando tudo isso acaba.
Como? ME DIGA, PELO AMOR DE DEUS! Cooooomo uma criatura que era esse príncipe todo se transforma em um sapo cururu, com o tempo? COMO? Que eu saiba, a história é ao contrário. A gente beija o sapo e ele vira príncipe (tive que explicar. Homens, né?). E o pior de tudo é que lembro de histórias e mais histórias de príncipes que viraram sapos. De todos que me apareceram de terno e gravata e terminaram com aquela velha camiseta da 7° série, toda rasgada e desbotada. Oh, Glória!

Não queremos muito, não. Queremos o não perfeito. Queremos o palpável. Queremos algo que não precisa ser “pra sempre”. O “pra sempre” assusta, e depois do susto vem aquela coisa da gente acreditar, correr atrás e ficar arrasada quando não é mais o “pra sempre”. Não prometa o que não pode cumprir, meu querido. Sonhos custam caro. Principalmente o nosso que decoramos com a carinha, cheirinho e jeitinho de vocês.
Outra coisa que andei pensando em falar, justamente nesse mesmo patamar. Se apaixonar é bom? É. Amar é lindo? É. Cara, eu amo me apaixonar, amo ficar envolvida. Morro de medo de quebrar a cara. Vou devagar, mas se o cara é do jeito que eu imaginei UM DIA, to ferrada. Vou dar um exemplo clássico de como é que se faz pra eu me apaixonar pela criatura:

1.       Ele tem que saber chegar em mim sem segundas intenções. Coisas explícitas me assustam ou eu morro de rir. Então? Não rola.
2.       Não precisa ser bonito, mas precisa ter bom papo.
3.       Não olho pra nada no cara. JURO! Mas se ele fala a frase mágica, já era. Eu olho e até puxo papo. Quer saber qual é? Simples: “Naiane, eu te acho uma mulher muito interessante”. PRONTO! Ganhou!
4.       Depois que despertou meu interesse, por favor, não se jogue em cima de mim. Me agonia ver todo esse oferecimento.
5.       Deixe que EU me sinta interessada, pra depois achar a brecha pra me pedir meu número de telefone.
6.       Dei meu número? Ótimo! LIGUE! Não te dei pra enfeite.
7.       Não me convide na primeira ligação. Diga que queria conhecer outra coisa, ou que leu algo e lembrou de mim. Eu gosto dessa frescura, sim.
8.       Aeee.. já pode ligar pra convidar pra sair.
9.       Simplesmente, seja inteligente e não fale de: Carros, músculos, academia, seu cabelo, sua vida, sua comida, sua roupa, seu pinto, seus palavrões, seus amigos e o diabo que te carregue. Fale, somente, o que você quer saber sobre mim. Sou egoísta, oras.
10.   Acredite, não vou sair chamando palavrões na sua frente. Vou ser toda mocinha, engraçada e vou ser eu mesma. É porque to interessada em você, por isso to comportada. Não se assuste com as gargalhadas.
11.   Depois que começamos a ficar, EI, não pare de ligar e ser cavalheiro. Mas também não abuse ligando de meia em meia hora. Faça aquela coisa de ligar um dia sim e um não. Ou menos que isso.
12.   Quer me ver de novo? Pode convidar. Se eu disser “não sei”, é porque quero que você insista.
13.   A gente ficou de novo e de novo e de novo. Se eu te liguei (Eita! Eu liguei. Bom sinal!), POR FAVOR, atenda. Odeio quando não me atendem.
14.   A gente já ta numa intimidade só, né? É um ligando pro outro, ta aquela coisa. Comecei a te elogiar? Cara, aceite. É de coração.
15.   Se eu disser que to com medo de me apegar, é porque estou com medo MESMO. Essa é a hora de resolver entre duas coisas: Corre ou fica? Decide. Nessa hora vou depender de você.
16.   Ficou? Assuma meu coração. Correu? Ótimo, somos sinceros um com o outro e ninguém sai magoado. Mas corre mesmo, ué. Não fica ai me dando sopa, que eu sou abusada.

No mais, minha gente, funciona assim. Conheço um monte de mulheres que SÃO assim. Gostamos dessas coisas, mas... (tem sempre um “mas”) não precisa ser chorão. ODEIO CHORÃO! Chore por uma dor, porque você está desesperado, por, sei lá, porque perdeu alguém querido. Mas não me venha com chorinho de “não me deixa”. PELO AMOR DE DEUS! Isso é o cúmulo, e já ri de muitos que fizeram isso. Por mais que eu fique calada, eu juro que começo a rir.

Seja doce, mas não seja enjoativo. Seja um cara legal, que fala seus palavrões depois de um tempo de intimidade, que dá uma gargalhada sem eira nem beira. Que ri de mim e fala “não” pra mim. Diga que sente saudade e tenha o brilhinho nos olhos. Se não tiver mais, sinta-se a vontade pra sair de perto. Machucar com olhos murchos é que dói mais.

Não grude. Não nos mate de ciúme. Não nos aborreça com cenas ridículas de possessão. Não grite, por favor (eu choro! Acredita?). Não diga que nunca nos amou. Não diga que tem ódio. No máximo, fale que tem raiva. Nos ignore, mas quando nos ver de olhos marejados, volte correndo. Nos dê motivos pra querer abraçar vocês. Nos dê motivos pra brigar por vocês e com vocês. Nos dê coragem de chegar lá em frente e dizer: “eu vou onde você for”. E, por favor, não diga que são melhores que nós. A gente já sabe que a gente só admira e se apaixona por homens superiores (É FATO!) e que têm aquele abraço que a gente se perde, sabe? Poxa, a gente só se apaixona por quem, realmente, a gente confia pra cuidar da gente.
Enfim, não deixe o friozinho na barriga se perder por ai. Gostamos disso. Gostamos de toda essa frescurite. E se parou de ligar, não ligue mais. E se parou de olhar como antes, NEM OLHE MAIS. Podemos cegar você de raiva, viu?
Não gostamos de caridade. Ou você é por inteiro ou não é. Eu não gosto de pedacinhos.


Naiane Feitoza.

2 comentários:

Andréia Borba disse...

Espantosa a forma como você consegue colocar em palavras os sentimentos femininos de forma tão leve.
:-)

Bj.
Déia

Dalton disse...

“Naiane, eu te acho uma mulher muito interessante”