4 de fevereiro de 2010

Bahia, ai vou eu!



No ano de 2005 descobri o que é AMAR o carnaval.
Descobri que eu não nasci pra ficar encostada em uma rua fantasiada de alguém que não era. Não precisava ser a colombina de um pierrô qualquer com a cara fantasmagórica que me arrepia até hoje (de medo).
Muitos acham perda de tempo e de dinheiro. Muitos acham que o carnaval é uma pausa para os vagabundos, um motivo pra beber, dançar e comer todo mundo. Comigo o negócio é diferente. Penso diferente e vou explicar por que.
Não passo o carnaval na minha cidade (Macapá) há uns 5 belos anos. Descobri Salvador nas minhas veias antes mesmo de pisar naquela terra abençoada.
Só o fato de juntar cada salário e cada energia pra se gastar lá, queria dizer alguma coisa. Não era possível tanta vontade junta num corpo só. Sou magrela, lembram?
Enfim, matei a fome de lá e fui ver no que dava. VICIEI.
Não discrimino o carnaval daqui e acho superlegal as pessoas o valorizarem, acho louvável até as escolas de samba daqui, do Rio e de São Paulo. Se tiver uma no Oiapoque, eu também vou achar legal. MAS, GENTE, essa não é a minha praia.
O meu mar mesmo é aquele calor dos infernos. É aquela mistura da negada com a “brancaiada”. É o cheiro da cerveja na rua e a gargalhada no meio dos rostos que você nunca viu na vida. É sentir uma vibração tão, tão, mas tãããooo boa no meio de gente que você abraça, sorri, beija (se for o caso), dança e ainda tira esporro. É, o povo desconhecido de todos os carnavais.
Alguns, mais espertos, criam um vínculo com os outros, mas, felizmente, eu crio vínculo com as ruas, as ladeiras, as casas antigas, os trios e em especial, com a chuva que todos os anos cai.
Minha força está em saber que todos os anos, enquanto eu tiver um trocado e pernas, estarei no meio daquela chama acesa.
Que falem da falta do que fazer. Que falem do dinheiro jogado fora. Que falem da distância, da ira, do roubo, dos negros, das ruas que ficam fedendo a xixi. Eu não to nem ai. Nada paga, cobre, substitui ou é melhor que a agonia de estar num lugar maravilhoso e abençoado, SIIIIIIIIMM, por Deus e a Natureza.
Tenho orgulho de dizer que vou ao lugar mais animado e revigorante da face da terra. Passa ano, chega ano, correm os meses e lá estou eu pensando em Salvador. A Bahia amada. Ao chão do Pelô que tenho enorme paixão. À devoção por Iemanjá que já faz parte do meu nome. Ao prazer, ao êxtase, ao encanto, ao feitiço, bruxaria... seja o que for, eu vou.. eu sou.
To indo pra lá amanhã, infelizmente, chegando depois do dia de Iemanjá. Mas não tem problema, eu tomo meu banho de mar pra limpar a pele e reaver a energias gastas num ano tão turbulento como o de 2009.
Querem me achar?
Estarei vagando pelas ruas de Salvador com um punhado de amigos.
Estarei na Barra, em Ondina, em Itaparica, Ilha dos Frades.
Estarei na quinta no Yes, na sexta eu ainda não sei. No sábado, COM CERTEZA, estarei no Pelô dançando e olhando o povo com graça. No domingo estarei no Papa, segunda no Camaleão, na terça ver meu Saulo tocando no Eva.
Na terça, antes do carnaval, me encontre lá no Olodum batucando tudo.
No sábado pós carnaval eu vou estar em alguma praia relembrando as belas coisas que se passaram e já pestanejando que vou ter que deixar a terra.
Na quinta eu volto pra casa. Na quinta. Na quinta do dia 25.
20 dias em Salvador lavando a alma.
E quem estiver incomodado, POR FAVOR, vá cagar de cu pra cima.
Até a volta, meu povo.

Odoyá, minha Mãe.

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2 de fevereiro de 2010

Odoyá, Rainha Iemanjá.


Seu amor infla o coração espiritual e faz a jóia que lá reside brilhar como um verdadeiro Sol. Seu canto nos eleva de forma indescritível. Sua beleza é sem igual, mas o que mais encanta é seu brilho - estrelado.
Da cor da Luz quando toca as águas do mar, ou seria da cor das estrelas que irradiam - se lá do espaço infinito para a Terra? Não sei, apenas sei que é indescritível.
A Senhora dos Encantos esteve aqui há pouco. Aliás, ela sempre está, mas a pouco abri meu coração e consegui percebê-la. Minha amada mãezinha Iemanjá…
Ela é a própria Mãe Divina, uma mãe zelosa que tem na humanidade sua grande filha. Não julga, não castiga, apenas ama e ampara…
Silenciosamente faz - nos caminhar, e com sua luz estrelada clareia as trevas de nosso coração. Não importa quão grande seja sua dor, seu remorso, sua angústia, no colo da Mãe, tudo isso é muito pequeno…
Ela é Vida. É a vida que está em todos, homens e mulheres. É a vida da natureza, é a vida dos elementos é a vida dos animais. Ofertamos a Ela flores, velas e frutos, mas sua verdadeira oferenda é uma mente serena, um coração amoroso, trabalhador e digno.
Suas águas curam milhões de espíritos dia e noite, basta abrir - se para isso. Ela está no Mar, mas você deve antes encontrá-la em seu coração, essa é a chave para sua vibração. Quando isso acontecer, ela não estará apenas no Mar, mas sim, em todos os lugares.
Visualize uma estrela de cinco pontas bem no centro do peito. Ela tem um brilho azul - claro, um brilho de estrela. Pulse luz por você, pulse para a humanidade. Deixe as águas de Iemanjá curá-lo. Lave sua alma…
Seja VIDA. Seja Amor. VIVA, seja Luz!
Hoje e sempre…
Odoyá, minha Mãe!
(Autor desconhecido)
*
Eu, Naiane Feitoza, sou adoradora da Rainha do Mar, Rainha Iemanjá.
Eis minha homenagem à Mãe de todos os mares.
Odoyá, minha mãe. Odoyá.