30 de novembro de 2008

Ex-viciada


Não tem amor que dure. Não tem saudade que aguente. Não tem consideração que ature tanto descaso, tanta angustia.
Nos dez minutos que tenho para não pensar em nada, apenas executar a seqüência de: lembrar que preciso acordar, abrir os olhos, despregar o lençol do corpo, pensar em levantar, fechar novamente os olhos, ficar puta em pular da cama com coragem, nem isso pude fazer direito. E não fiz.
Assim é com a gente. Tudo começou errado e não tem mais como dar certo. Você começou torto, querendo que eu fosse consertada.
Um amigo me dizia uma frase medíocre, mas que agora cai certinho na nossa merda de história: “Quem dá demais fica largo”.
E é exatamente assim que me sinto hoje: larga.
Dei espaço demais para você, dei trezentas chances para mostrar que eu iria fazer certo da próxima vez, dei tempo ao tempo, como você me pediu. E dei de cara na merda.
É o mau de não ouvir conselhos dos amigos que enxergam um pouco mais do que a gente. Porque me conheço bem, essa teimosia que parece charme, na verdade, é a armadilha que vivo armando pra mim. E para deixar tudo ainda mais perigoso e ridículo, coloco petulância, arrogância e todos os outros sinônimos que dizem mais ou menos a mesma coisa. E que no final de tudo vira a minha mais pura e inocente estupidez de não ter parado na hora certa.
Aí me vejo aqui gritando, de cara dura como uma besta quadrada por ter feito tudo errado mais uma vez. Aquela velha idiotice de sempre. E o chilique é aquele mesmo, igual ao de criança mimada que se joga no chão para reclamar seus direitos.
Vou começar a escrever o que não posso fazer de errado novamente e colar ao lado de onde já tem o resto das auto-ordens. Junto do “passar protetor solar todos os dias no rosto”, vou colar “não resolver fraquejar”. Ah, sim, “não vou querer saber como ele está”. Não posso esquecer de colar: “não tenha pena dele”.
Quem tem pena morre depenado.
Minha bunda não tem celulite, meus pés não racham, minhas espinhas não aparecem tanto quanto antes porque me obedeço olhando a minha listinha. Se colar mais essa outra, favoravelmente vou me dar bem de novo.
Eu realmente quero um amor perfeito, durável, auto-limpante, sustentável e renovável. Não sei se suportaria, por muito tempo, a falta de angústia, de desconfiança, de pulgas atrás da orelha, de brigas bestas por nada, de mau humor matinal. Mas queria ao menos experimentar a sensação de não sofrer por aquela criatura nem por um segundo.
Todos os dias preciso fazer um esforço fora do comum para não ser tomada pelos pensamentos que são comuns a você. Me contaminei com eles.
Adquiri a droga do seu temor injustificado do amanhã. Passei a ver as pessoas com que convivo com olhos vesgos e míopes, não enxergo mais tão bem. Tenho crises agudas de ódio sem motivo aparente, só porque você também as tem.
Mas que merda, não sei como me livrar de você.
Mesmo não te vendo, não te tocando, não trocando nenhuma palavra com você, tudo que é seu ainda me faz mal. Me revira o estômago, me tira o sono, me dá tosse, me fecha a garganta.
Não sei como fazer para me desintoxicar de você de uma vez por todas. Dizem que o tempo é o remédio para o mal que não tem cura. Mas passar por toda essa desintoxicação está sendo insuportável. Você virou aquele vício desgraçado. E, sinceramente, prefiro morrer do que ter uma recaída.
Porque quanto mais sei sobre você, mais vejo que tô atolada num monte de sujeira, num poço sem fundo de mentiras.
Pra que você mente?
Pra que perde tempo me atormentando, já que acabou pra todo mundo?
Pare de tentar me explicar o que não consegue nem te convencer. Você se tornou uma mentira.
Agora quero me desiludir, quero parar de te amar e odiar, pra sentir apenas indiferença.
Não me elogie, não me chame pra nada. Me ignore. Faça uma festa com strippers no quarto onde te dei endoidecida pela última vez. Venda meu livro. Continue dizendo que jogou fora meu cordão, meu coração, meu amor. Continue me olhando com ódio. Foda-se, faça qualquer coisa, não me importa. Só não quero mais olhar pra você e ter esperança.
Você fez eu me odiar por acreditar que as coisas poderiam mudar, por me transformar num nada, num doce enjoativo, numa coisa pegajosa e passiva diante de seus argumentos furados. Porra, por sua culpa, eu me transformei numa mulherzinha. Mas o pior foi me convencer de que eu seria um nada sem você, sem nunca ter dito isso; apenas me excluindo, mentindo, me colocando por baixo. Me fazendo correr atrás, quase implorando pela sua atenção.
Pois agora chega. Não tenho fôlego, forças. Não quero mais tentar.
Deixei de amar você agora, hoje, nesse exato segundo. Você se destruiu aqui dentro de mim.
E vê se não chega perto. Não aguento mais o teu veneno.

(inspirado nos textos de Redatoras de Merda)

*Música inspiradora: Você vai me destruir – Vanessa da Mata

20 de novembro de 2008

Alguém que me faz

Sim, ele continua onde o deixei.
Naquele mesmo lugar de sempre e acho que se eu não for lá para cutucá-lo, ele não virá até mim.
As vezes me irrita pensar que tudo depende de mim. TUDO.
Pegá-lo, usá-lo, possuí-lo, devorá-lo. Ele nunca faz nada ao contrário. Por mais que eu peça.
Já gastei rios de dinheiro com ele. Já me embelezei para sairmos juntos. Já até bebi com ele e nada acontece.
Eu to falando que não consigo me livrar dele.
Já tentei explicar que sou uma chata que só o usa a hora que quer. Já falei que tenho historias de amor com os outros. Mas ele nunca me escuta. Se contenta só de sentir meus dedos em sua pele. Ouvir minhas gargalhadas.
Já chorei por ele. Já ri com ele. Já briguei e acordei de TPM por causa dele.
Já me molhei pra não deixá-lo se molhar. Já confessei que ele é o melhor em tudo.
Mas confessando essas coisas, me lembro de ter falhado algumas vezes.
Eu jamais poderia ter dito que adoro dormir agarrada a ele. Que eu sonho com ele a noite e acordo faminta para tê-lo novamente. Jamais poderia ter dito que ele foi motivo de briga e discórdia, ou um dos grandes amores que passou por mim.
Ele me frustra, me absorve, me condena, me faz viajar. Me deixa vazia, me deixa cheia, me dá um tapa quando preciso levar. Me faz acreditar que a vida tem solução (sim, porque a vida as vezes complica tudo) e as vezes me faz achar que tudo não passa de perdição. Me deixa chateada, amargurada, irritada, sonolenta.
Suas palavras me cativam, não posso mentir. A cada frase, parece que me hipnotiza, mas desencanta quando vem com aquele discurso batido que todos os outros têm.
Gosto de você com cara e voz de novo. De quem tem novidade pra contar. De quem vai me ensinar o que eu não sei.
Eu não quero saber de uma porra que alimenta a todo mundo. Não quero saber se você passou pela cabeça e mãos de um monte de gente. Contente-se em saber que quando passar por mim você será só meu e de mais ninguém.
Você nota que me entrego de corpo e alma?
E olha que você tem tantas caras. Gosto de todas elas. Principalmente quando vem com um ar de mistério.
Gosto de saber que você está pra romance. Gosto quando me contas algo que vai me arrepiar dos pés a cabeça.
Só não gosto quando me deixa dependente de você.
Que merda! Nessa brincadeira, se vão dias de angústia e esquecimento do resto dos mortais.
Lembra onde já fui por você?
Shopping, ponto de ônibus, aeroporto, rodoviária, ônibus, sala, cozinha, banheiro (aaahhh.. o banheiro), calçada. Dias de chuva, dias de sol, viagens e mais viagens. De ida, de volta. Já rodei meio mundo atrás de você. Já paguei caro só pra estar junto de você.
Lembro das inúmeras vezes que saímos juntos e nada acontecia. Porque sempre tinha alguém pra torrar a nossa paciência, e não nos deixavam sozinhos. Acho que era medo que nos vissem tão grudados.
Lembro a primeira vez que o vi. Eu mal sabia de mim, mal sabia o que era a vida (novamente falando da vida). Sabia apenas que você me olhava, me fitava como se dissesse: “eu nasci pra ser seu”. E acho que até ouvi quando pensou isso. Porque eu fui na sua direção e não te larguei mais. Foi um elo, um estágio de amor prematuro e a gente não consegue se separar.
Te deixei as minhas marcas como você as deixou em mim. O meu suor, as minhas lágrimas e o meu cheiro, estão grudados em você. Quem o tiver vai sentir, vai saber, vai adivinhar que você é meu. Meu tesouro, meu “xodó”, meu amor mais bonito e fiel.
Meu amado livro.

(Uma homenagem ao que sempre me acompanha e nunca me fere.)

Naiane Feitoza

18 de novembro de 2008

Teste pra tirar a virgindade desse blog.

As 4 coisas:

4 trabalhos que tive em minha vida:

☺. Professora de Ballet
☺. Professora do ensino fundamental
☺. Banco do Brasil
☺. Trabalhei com o papai (vale, ué!)

4 lugares em que vivi:

☺. Alecrim – Natal (infância)
☺. Buritizal - Macapá
☺. Congós – Macapá (infância)
☺. Lagoa Nova - Natal

4 programas de tv que assistia quando era criança:

☺. Os trapalhões
☺. Xuxa
☺. Balão Mágico
☺. Aquelas séries tipo: Jaspion, Tchangeman, Giraya... bla, bla, bla. (nem sei como se escreve)

4 programas de tv que assisto

☺. Seriados
☺. Filmes
☺. Programa do Jô
☺. CQC

4 lugares que estive e voltaria:

☺. Salvador
☺. Blumenau #)
☺. Gramado
☺. Hopi Hari (kkkkkkkkkkk)

4 formas diferentes que me chamam:

☺. Nika
☺. Amiga
☺. Put.. (minhas amigas são tão delicadas)
☺. Irene
4 pessoas que me mandam e-mails quase todos os dias:

☺. MoniquA
☺. Geisa Maria
☺. Tanha do Sebrae Macapá (será q ela sabe que eu me mudei?)
☺. Luzia e seus inúúúúmeros emails com curiosidades

4 comidas favoritas:
☺. VATAPÁ
☺. Camarão no Bafo
☺. Macarronada (adivinha de que? Hein? CAMARÃO)
☺. Arroz, feijão e bife com bastaaaaante cebola (só pra enfeite)

4 lugares onde desejaria estar agora:

☺. Junto com ele... ;P
☺. No cinema
☺. Na minha casa em Macapá
☺. No bar do francês (ACREDITAM?)

4 amigos que creio que responderão este “teste”:

☺. Monique
☺. Geisa
☺. A Sharlot mal lê os emails dela, acho que a Alessandra responderia.
☺. João no Pé de Feijão

Espero que esse ano eu possa:

☺. Arranjar um emprego
☺. Ver que 2008 ainda tem solução (ô anozinho RUIM) (eu sempre disse: anos ímpares são os melhores.)
☺. Não engordar mais
☺. Ganhar na LOTERIIIIIIIIIAAA... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

4 loucuras que já fiz:

☺. Viajei o Sul inteiro com uma amiga, na base da mentirinha. ;x
☺. Vim parar nessa cidade por um amor. E DUAS VEZES!
☺. Bebi, fiquei completamente bêbada, quase desmaiei e ainda fui com uma bêbada dirigindo o carro.
☺. Já me vi com 15 reais na carteira, estar no dia 15 do mês, sendo que eu só receberia dia 25 (10 dias depois) e gastar 10 REAIS EM CRÉDITO PRA CELULAR. PqP!!! Com os outros 5? Virei Hipie.. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk



Vi esse teste no blog de alguma criatura que eu nem lembro o endereço.
Fiz esse testezinho há alguns meses atrás.
É, to vendo que não mudou NADA.
Façam e se der, mandem pro meu email.

#)

Beijo da Magra.

Casa nova.

O antigo blog, querendo ou não, estava me trazendo um pouco de problema.

Era um negócio de número de caracteres, cores meio estranhas, frescurinhas aqui e outras ali... Enfim, resolvi procurar um novo endereço para as minhas palavras.
E a cá estou!
Bom, vai ficar com o mesmo título, mas o endereço mudou, né?
http://naianeirene.blogspot.com/

Vão haver risadas, choros, brigas, frescuras, TPM, amor e muuuuuita, mas muuuuita história pra contar.
O antigo blog vai ficar lá. Guardadinho. #)
Não tenho vontade de excluir nada de lá.
Então, sejamos bem vindos à casa nova. A casa nova da Irene.
(Ta meio feinho ainda, mas vocês sabem que sou meio desajeitada com cores, imagens, fontes e bla, bla, bla. Contentem-se com isso. Senão, nem escrevo mais.)

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk..

Revoltadinha.
;)

Um cheiro e... Amanhã tem texto novo.