28 de dezembro de 2009

2010.



O que eu quero pra 2010?
Estive pensando nisso há dias e se quer mesmo saber, eu não queria nada pra 2010. Como uma vez eu disse: “Deixo na mão de Deus”.
Mas como me conheço e sei que sempre volto atrás em algumas coisas (é, eu não tenho vergonha na cara MESMO), eis os meus pedidos de 2010 e meus votos de falecimento para 2009.
  • Eu quero uma vidinha mais ou menos. Com dinheiro pra pagar as contas em dia e um trocado sobrando pra viajar por ai.
  • Quero essa paz de hoje até o dia 31.12.2099.
  • Quero comer muita pipoca com os meus sobrinhos e morrendo de rir com os filmes infantis que tanto assistimos e nos divertimos (mesmo o Guga rindo da gente e não entendendo nada).
  • Quero o meu sorriso de besta velha quando vejo uma vaquinha numa vitrine.
  • Quero meu coração batendo acelerado quando o avião decolar e quando ele pousar.
  • Quero um frio na barriga na hora de pegar o buquê do casamento da minha amiga.
  • Quero o stress do meu trabalho e a minha cama no fim da tarde.
  • Quero os meus livros na estante e ter dinheiro pra comprar um novo todos os meses.
  • Quero poder chamar palavrão todas as vezes que eu quiser e ninguém achar estranho.
  • Quero chorar de rir até a barriga doer.
  • Quero ter vontade de ir e voltar sempre que eu quiser.
  • Quero dizer mais “sim” do que “não”.
  • Quero sempre ser dependente do meu celular, se isso agrada meus amigos.
  • Quero ir à Salvador e colocar minha fitinha na Igreja do Bonfim e dizer “muito obrigada”.
  • Quero tomar banho de mar e dizer à Iemanjá que ela ganhou uma fã.
  • Quero tentar começar, de verdade, minha biblioteca.
  • Quero me dedicar à minha saúde.
  • Quero escrever, escrever e escrever. Sempre e sempre.
  • Quero não esquecer de fazer meu ritual de todas as noites, mesmo nas que eu chego bêbada e nem sei onde está o algodão e minha loção de limpar o rosto.
  • Quero aprender a dançar tango.
  • Quero que o Brasil ganhe a Copa do MUNDO.
  • Quero continuar com o meu sonho de ser mãe.
  • Quero a saúde dos meus avós e dos meus pais (que já têm certa idade).
  • Quero gastar menos com sapatos, porque os 45 pares não cabem mais em lugar nenhum.
  • Quero dizer que amo diversas, inúmeras, repetidas, eternas, ENORMES vezes até meus amigos enjoarem.
  • Quero continuar acreditando que a vida é justa SIM.
  • Quero parar de perder tempo odiando algumas pessoas.
  • Quero selar a paz com o meu passado pra garantir a paz do meu presente.
  • Quero aprender a andar de bicicleta e atravessar a rua sozinha (OLHA, isso não quer dizer que eu queira correr. Isso já é outra história).
  • VOU me desfazer de tudo que não é útil, bonito e prazeroso.
  • Quero ainda acreditar nos meus sonhos, nos milagres e no meu amor.
  • Quero sabedoria, paciência e generosidade na minha vida.
  • Quero perdoar tudo e todos.
Não preciso de muitas coisas. Preciso de pouco do muito e muito do pouco.
Tem uma música da Elis Regina que fala precocemente o que eu quero da minha vida. Sempre a cito dizendo que ela é quase o meu futuro, pelo menos, o que eu quero pra mim.
"Casa no campo".
As vezes choro quando noto que é de todo aquele pouquinho que eu preciso. Só. E não custa nada.
"Eu quero uma casa no campo, onde eu possa ficar do tamanho da paz..."

Quero um luar bonito, ótimas noites de sono, um violão, um ventinho fresco, umas vozes e algumas gargalhadas. Quero uma canção pra embalar meus sonhos. Quero uma força pra empurrar meus amigos pra frente.
Quero o sorriso cansado. Quero um disco. Quero silêncio e quero um beijo de boa noite.
Nada mais.

É 2009, você morreu, infelizmente. Do mesmo jeito que você me fez bem, você também me fez o pior. Mas como sempre dizem por ai: “Há sempre o lado bom das coisas ruins”.
Eis o lado bom da minha vida em 2009. Aprender. Nada mais que isso.
Enterro você junto com o que ficou de ruim e lembro de você só com as coisas boas.
2010 ta ai e eu não posso perder meu tempo choramingando com o que passou.
2009 acabou e que venha 2010.
Te recebo com um enorme abraço.

“O melhor está por vir”.

;)

12 de dezembro de 2009

Que livro você é?



"Antologia poética", de Carlos Drummond de Andrade

"O primeiro amor passou / O segundo amor passou / O terceiro amor passou / Mas o coração continua". Estes versos tocam você, pois você também observa a vida poeticamente. E não são só os sentimentos que te inspiram. Pequenas experiências do cotidiano – aquela moça que passa correndo com o buquê de flores, o vizinho que cantarola ao buscar o jornal na porta – emocionam você. Seu olhar é doce, mas também perspicaz.
"Antologia poética" (1962), de Drummond, um dos nossos grandes poetas, também reúne essas qualidades. Seus poemas são singelos e sagazes ao mesmo tempo, provando que não é preciso ser duro para entender as sutilezas do cotidiano.



*

Esse é o livro que eu sou, fiz em um teste da Editora Abril e veja só...
Nossa, SOU EU MESMA.Quem diria que até nesses testes eles "sabem" quem sou.
Quer fazer?  Olha ai:  Teste

10 de dezembro de 2009

Aprendizado.




Uma coisa nós mulheres não podemos negar: quando o fogo de uma mulher que está em celibato HÁ MESES bate... raaaa.. ele bate com força. E isso, minha gente, não seria diferente com a doce e sofrida Olga.
Depois de alguns meses analisando a sua pobre vida de “namorada abandonada por um namorado legal, mas com o relacionamento mais destrutivo da sua vida”, pensou que passar uns meses, vamos dizer, se esquivando do sexo masculino e principalmente do sexo em si (o ato, minha gente), viveria feliz e acharia o seu eixo.
Já estava tudo resolvido dentro de Olga. Estava com o emprego dos seus sonhos, o cabelo tinha crescido desde a última vez que cortou porque esqueceu de penteá-lo algumas centenas de vezes, estava com a pele mais bonita, as pernas e o bumbum no lugar graças a maldita academia que ela vinha pagando e praguejando nos últimos 7 meses e lá, em um lugar onde só Olga sabe descrever, estava a maldita vontade de dar.
Sim, ela queria dar. Fazer sexo. Trepar. Sentir um corpo pesado sobre o seu, bem estilo Marisa Monte. Ela queria ser comida, oras.
Só que Olga se prometeu uma coisa logo que terminou seu lindo namoro absurdamente dramático: que JAMAIS voltaria a amar alguém e viveria um ano em pleno celibato. Quase uma freira, melhor dizendo. E nem a famosa masturbação de pós menstruação (pra quem não sabe, mulheres quando estão menstruadas ou logo depois da bendita, ficam EXTREMAMENTE assanhadas. Quase um cio, sabe? Um absurdo!) estava ajudando a pobre criatura.
Melhor dizendo, se via em bundas por não ter um “João” pra dar um prazer de vez em quando aquela pobre alma e aquele corpo malhado. Nenhum amigo. Nenhuma amizade colorida. Nem uma sapatão que pudesse, sei lá, fazê-la sentir-se diferente. Nada. Nadica.
Eis que um dia, saindo de casa com as amigas, pra aquele velho bar de sempre e com as mesmas companhias, decidiu o que nunca havia passado pela sua cabeça: “Hoje eu vou dar essa porra pra o primeiro idiota que aparecer”.
Olga se viu linda no espelho do banheiro do bar e até retocou o batom. Voltou desfilando a mesa com suas amigas e disse em bom tom: “esqueçam a Olga sofrida e metida a castidade. Hoje eu vou comer alguém!”. Todas ficaram com a boca aberta vendo tamanho assanhamento. Não sei, parecia mais um estupro à humanidade.
Olga querendo dar?
Só poderia ser um sonho.
Mas não era. Era o milagre do século. Olga estava afim de se libertar.
Suas amigas não eram santas, mas passavam longe de ser vulgares e oferecidas. Eram mulheres decididas que nunca sofreram por amor daquele jeito e queriam tirar Olga daquele maldito luto há muito tempo. Concordaram com tudo e começaram a ligar para os amigos. Nem deu meia hora e surge, DO NADA, sem ninguém ligar, sem lembrarem da existência dele, Sérgio. Lindo, lindo e lindo.
Sérgio era instrutor de academia de Samara, amiga de Olga, que tinha sempre contato com homens lindos (ela era linda. Detalhe!). Quando viram Sérgio chegando ao bar não pensaram duas vezes e o convidaram pra sentar à mesa. Olga viu o “partido” que lhe arrumaram e não pensou duas vezes: “é ele”.
Passaram-se exatamente uma hora de conversas engraçadas e muitas cervejas. Tantas que Olga ia ao banheiro quase correndo, pra não perder o fio da conversa que ficava para trás. Em uma de suas voltas dá de cara com Sérgio saindo do banheiro masculino e se encaram. Foi a deixa. Um beijo longo e forte. Respiração ofegante e em menos de 5 minutos um convite: “vamos sair daqui?”. Olga não pensou duas vezes e foi. Ela queria comer alguém e Sérgio era o seu prato preferido... Homem disponível, bonito, inteligente e que não quer compromisso. Ela também não queria. Só queria matar algo dentro dela. Aquela libido desgraçada.
Foram para a casa dele. Ela até se assustou um pouco, mas fazer o que? Na casa dela é que ela não o levaria. Não queria se sentir culpada por coisas de dentro do seu coração e que a idiota não iria explicar depois que começasse a chorar para Sérgio.
Enfim, na casa dele, logo que entraram, ela só sentiu o agarrão. Puxa daqui, escorrega dali, aperta de lá. Lambe. Beija. Chupa. Ri. Suspira... eita que ela ainda sabia fazer as coisas. Quando se viu, finalmente, fazendo o que queria fazer, sentiu uma vontade enorme de pedir que ele chamasse o nome dela. É, Olga adorava fazer essas coisas. Sentir-se desejada, lembrada... essas coisas. Pediu que Sérgio chamasse o seu nome de-ses-pe-ra-da-men-te.
Sérgio como todo homem bonito, BOM DE CAMA (ô Olga sortuda), cheiroso e além de tudo, nada desbocado, solta o seu primeiro pecado da noite: diz que AMA Olga.
“Como assim? me ama?”
Olga parou pra pensar enquanto estava em cima dele na sua mais nobre cavalgada e repetiu diversas vezes as mesmas perguntas: “ele é louco? Ama? Que isso?”. Pensando estar maluca, pediu que ele a chamasse de “gostosa”, pra quebrar um pouco a história do nome dela. E ele, fala em alto e bom som: “Ai, Olga, você é muito gostosa. Quer casar comigo? Hein? Vamos ter filhos?”.
ALTO LÁ.
Olga não sabia que porra estava acontecendo, mas parou na hora com aquele pedido de casamento. Parou e pediu na sua maior sutileza: “saia de dentro de mim”.
Ele não sabia o que fazer e começou a pedir desculpas. Disse que havia tempos que estava apaixonado por ela, que ele sempre estava nos mesmos lugares que ela e que não conseguia parar de pensar nela. Olga estava tão assustada que a única coisa que conseguiu fazer foi procurar as suas roupas e pediu pra ir embora (já que não sabia onde ficava a porta de saída).
Tentou explicar que aquilo era muito pra ela e que ela só estava tentando apagar um fogo dentro dela. NADA MAIS.
O Sérgio, coitado, ficou sem entender. Perguntou se todas as mulheres eram assim e que ele não acreditava que ela, LOGO ELA, a princesa de seus sonhos seria assim, uma aproveitadora.
Olga riu pra não ter que voar na cara dele e lhe ensinar como se escreve “aproveitadora” na cara de um sujeito com uma faca, e ficou ali, olhando pra cara de Sérgio como se tivesse dado um estalo: “então é assim que funciona? Você está levando o que tantas vezes eu levei”.
Olga saiu de lá quase saltitando. Não por ter feito sexo pela metade com Sérgio, não é isso. Saiu feliz e serelepe por ter se vingado de muitos homens. Saiu feliz por ter partido um coração que ela não sentia culpa alguma por ter feito. Saiu feliz por ter feito sexo sem sentimentos e ainda ter dito a melhor frase que ouvira em toda a sua vida (explodindo em seus pensamentos): Eu sou mais macho que você, seu maricas.

Naiane Feitoza


9 de dezembro de 2009

Mulheres e aquelas lá...




"Algumas mulheres são como sereias: extremamente sexys, confiantes, atraentes sem fazer o mínimo esforço, nos oferecendo prazeres infinitos e uma pitada de risco. Sua voz é encantadora, seu corpo perfeita encher nosso olhos, seus movimentos são cheios de beleza e atitude.
Outras conseguem ser a amante ideal, nos fazendo sentir mais importantes. Tornam tudo o que é sensual e sexual em algo mais profundo, espiritual e estético.
Outras, ainda, conseguem ser tão naturais como uma criança encantadora, nos enchendo de uma irresistível sensação de prazer, como se estivéssemos voltando ao paraíso dourado da nossa infância.
 Existem também aquelas que, de tão auto-suficientes, possuem uma frieza fascinante. Mulheres encantadoras que querem e sabem como agradar. Mulheres carismáticas, que têm uma confiança extraordinária em si próprias e, finalmente, mulheres que são tão etéreas e misteriosas que seu brilho natural se compara ao das estrelas.

Ao longo da História, as mulheres, muitas vezes não tendo como competir com as armas e as forças dos homens, inventaram a arte da sedução. Foram mulheres que conseguiram mudar muita coisa no mundo por causa de sua atitude, coragem, beleza, encanto, criatividade…
Mas parece que, em pleno século XXI, ainda existem mulheres que não aprenderam a lição, a ponto de se tornar anti-sedutoras. Fadadas a morrer sozinhas ou, na melhor das hipóteses, passar o resto de sua pobre vida numa mediocridade incalculável.
São mulheres inseguras, que não têm a mínima noção do que realmente é a vida. Elas não percebem que estão incomodando; que estão tomando certas liberdades não concedidas só porque têm “aquilo” que todo homem gosta. Não percebem que estão falando demais… Falta-lhes sutileza, graça, brilho, encanto!

Esse tipo de mulher geralmente está fechada em suas necessidades, ansiedades e inseguranças. Interpretam um mínimo gesto ou palavra brincalhona como uma desfeita ao seu ego. Queixam-se amargamente de pequenas bobagens e vêem o retraimento das outras pessoas como uma enorme traição. É bom tomar bastante cuidado com esse tipo de gente ou elas farão você cair na armadilha dos relacionamentos insatisfatórios (incluindo-se aí até mesmo uma simples amizade).
Esse tipo de mulher é daquelas que te cobre de elogios muitas vezes não merecidos; declaram seu amor antes mesmo de saber qualquer coisa sobre você…
É melhor se livrar de mulheres assim, antes que elas mergulhem seus tentáculos carentes em você! São pessoas que possuem um enorme vazio anterior, um poço profundo de necessidades que não pode ser enchido. É gente rígida, que segue idéias prefixadas e tenta fazer você se curvar aos seus padrões, lhe criticando e julgando nas mínimas ações. E, o pior de tudo, para esconder suas inseguranças e medos falam demais (e, geralmente, quem fala demais, vive falando de si mesmo, contando vantagens ilusórias). Não têm aquela voz interior que pergunta: “Estou sendo chata?”. Egoístas, é isso que são.
A melhor maneira de evitar envolvimento com esse tipo de criatura é simplesmente se afastar. Nunca se zangue. Em vez disso, tenha apenas uma atitude distante; não lhes dê atenção; faça essas “damas” sentir que não têm a mínima importância para você.
O melhor antídoto para uma “anti-sedutora” é você mesmo ser um “anti-sedutor”!"


* Texto do meu queridíssimo Silvio Carneiro, que o postou em seu blog (só clicar no nome dele ai que vai pra lá, ta?).

Ahhh, essas noites gloriosas que enchem a nossa noite de inspiração e nos matam de rir a toa. 
"Puta que pariu, de novo..."
To tentando saber qual daquelas mulheres ali em cima eu sou. ;*