Eu queria falar de um monte de coisas. Mas isso tinha que ser hoje. AGORA.
Queria falar das novas regras gramaticais que eu vou odiar ter que “reaprender” e usá-las de maneira que agrade a quem vai corrigir a droga da minha dissertação. Isso me aborrece tanto que nem sei se estou escrevendo corretamente nesse momento.
A gramática me deixa burra?
Queria falar sobre o livro que não parei pra ler por não ter tempo de ter paciência.
Queria falar sobre o Obama e que eu to feliz por ele SER ele.
Queria comentar sobre os três blogs novos que eu to devorando a cada dia e que eu acho mesmo que tem muita gente boa de munheca por esse brasilzão.
Tava afim de falar sobre os presentes que eu ganhei e os que dei, mas a preguiça mental ta batendo tão forte que me deixou no chão dessa vez.
Queria falar do sorriso amarelo que eu tenho quando acordo e que não gosto de piada sem graça nesse exato momento. Quem gosta de acordar com azedume?
Queria falar que eu sinto fome de um monte de coisas e que certas fomes vão sempre estar por aqui... Mas tenho uma placa ENORME no meu guarda-roupas dizendo: “Você está de regime”.
Queria contar da ponta de inveja que tive do amor dos outros, dos amigos, do amor pela perseverança, dos amores MAIS complicados que o meu e que deram certo. E estão dando certo. E vão dar certo. E o meu não dá nada. A gente “não pode”.
Queria me dedicar a alguma coisa, alguém, ao tempo e ao vento no rosto.
Nunca comentei que eu canso de falar e por isso me prendo a escrever.
E eu to tão cheia de idéias, que o que me falta é coragem para colocá-las em prática.
Estou, ABSURDAMENTE, apaixonada por uma blusa linda que eu comprei e que nem cabe em mim, mas que encheram meus olhos de brilho só de imaginar que iria caber nesse corpo magro. Não tem problema. Eu espero a costureira aparecer.
Não posso deixar de dizer que não entrei na comunidade “Ouço mil vezes a mesma música” a toa. Nesse exato momento estou ouvindo sei lá por quantas vezes a mesma música. E ela só me faz lembrar que saudade dói.
Saudade de quem ta perto.
Saudade de um cheiro.
Saudade de quem nem vivo está. Se matou. Sumiu. Não se faz presente.
Saudade.
Eu queria falar também que limpar o quarto é uma terapia. E que quando eu digo que estou BEM é porque ESTOU BEM. Ninguém diz nada por dizer.
Queria explicar que eu me preocupo de verdade com as pessoas. Quando eu digo que me preocupo, não pense a primeira besteira que surgir na cabeça. Já bastam as minhas besteiras. O pacote estragado de biscoitinho com torrões de açúcar.
Não quero deixar de explicar o quanto me orgulho de ser estabanada. Como eu sempre digo: há sempre um charme a mais.
Não tenho mais problemas com a raiva, com o descaso, com as feridas. Curei quase todas, só me falta reabrir uma. Pra ver se ainda dói. Pra ver se ela vai doer direito dessa vez.
Eu queria era falar de poesia, mas como não suporto “boiolismo”, deixo a poesia para Clarisse Lispector ou Carlos Drummond. A única que eu ainda engulo é de Florbela Espanca. E isso porque o Fagner me fez o favor de cantar “Fanatismo” da maneira mais fogosa e dolorida que já vi, ouvi, senti e imaginei.
Eu sei que você deve estar achando que eu não estou falando “nada com nada”. Mas é totalmente ao contrário. Eu estou falando DE TUDO. Menos do amor que cutuca, que aborrece, que faz eu lembrar que Chico Buarque é um puta autor de músicas que me fazem perder o chão.
O amor me move a escrever. O amor me leva a ler. Sentir. Roer. Pedir. Procurar. Esquecer.
O amor pelas pessoas. O amor pelas palavras.
O amor pelo elogio e pelo abraço.
Aquele abraço que ainda estou esperando e que levei esse texto todo, de forma enrolada e enroladora pra pedir.
Traga logo. O que nos separa são só algumas quadras, alguns orgulhos, algumas lembranças. Quando você passar pela primeira, nem vai notar que tudo passou.
Passou!
Tenho até vontade de dar mais um sorriso quando repito isso. PASSOU!
Passe pra esse lado. Porque estou que nem a música que está repetindo aqui, mais de mil vezes: “Parece não querer parar. Não quer parar. Não vai parar... Eu já o que os meus lábios vão querer, quando eu te encontrar...”.
Tão sincero quanto a saudade e a teimosia.
Queria falar das novas regras gramaticais que eu vou odiar ter que “reaprender” e usá-las de maneira que agrade a quem vai corrigir a droga da minha dissertação. Isso me aborrece tanto que nem sei se estou escrevendo corretamente nesse momento.
A gramática me deixa burra?
Queria falar sobre o livro que não parei pra ler por não ter tempo de ter paciência.
Queria falar sobre o Obama e que eu to feliz por ele SER ele.
Queria comentar sobre os três blogs novos que eu to devorando a cada dia e que eu acho mesmo que tem muita gente boa de munheca por esse brasilzão.
Tava afim de falar sobre os presentes que eu ganhei e os que dei, mas a preguiça mental ta batendo tão forte que me deixou no chão dessa vez.
Queria falar do sorriso amarelo que eu tenho quando acordo e que não gosto de piada sem graça nesse exato momento. Quem gosta de acordar com azedume?
Queria falar que eu sinto fome de um monte de coisas e que certas fomes vão sempre estar por aqui... Mas tenho uma placa ENORME no meu guarda-roupas dizendo: “Você está de regime”.
Queria contar da ponta de inveja que tive do amor dos outros, dos amigos, do amor pela perseverança, dos amores MAIS complicados que o meu e que deram certo. E estão dando certo. E vão dar certo. E o meu não dá nada. A gente “não pode”.
Queria me dedicar a alguma coisa, alguém, ao tempo e ao vento no rosto.
Nunca comentei que eu canso de falar e por isso me prendo a escrever.
E eu to tão cheia de idéias, que o que me falta é coragem para colocá-las em prática.
Estou, ABSURDAMENTE, apaixonada por uma blusa linda que eu comprei e que nem cabe em mim, mas que encheram meus olhos de brilho só de imaginar que iria caber nesse corpo magro. Não tem problema. Eu espero a costureira aparecer.
Não posso deixar de dizer que não entrei na comunidade “Ouço mil vezes a mesma música” a toa. Nesse exato momento estou ouvindo sei lá por quantas vezes a mesma música. E ela só me faz lembrar que saudade dói.
Saudade de quem ta perto.
Saudade de um cheiro.
Saudade de quem nem vivo está. Se matou. Sumiu. Não se faz presente.
Saudade.
Eu queria falar também que limpar o quarto é uma terapia. E que quando eu digo que estou BEM é porque ESTOU BEM. Ninguém diz nada por dizer.
Queria explicar que eu me preocupo de verdade com as pessoas. Quando eu digo que me preocupo, não pense a primeira besteira que surgir na cabeça. Já bastam as minhas besteiras. O pacote estragado de biscoitinho com torrões de açúcar.
Não quero deixar de explicar o quanto me orgulho de ser estabanada. Como eu sempre digo: há sempre um charme a mais.
Não tenho mais problemas com a raiva, com o descaso, com as feridas. Curei quase todas, só me falta reabrir uma. Pra ver se ainda dói. Pra ver se ela vai doer direito dessa vez.
Eu queria era falar de poesia, mas como não suporto “boiolismo”, deixo a poesia para Clarisse Lispector ou Carlos Drummond. A única que eu ainda engulo é de Florbela Espanca. E isso porque o Fagner me fez o favor de cantar “Fanatismo” da maneira mais fogosa e dolorida que já vi, ouvi, senti e imaginei.
Eu sei que você deve estar achando que eu não estou falando “nada com nada”. Mas é totalmente ao contrário. Eu estou falando DE TUDO. Menos do amor que cutuca, que aborrece, que faz eu lembrar que Chico Buarque é um puta autor de músicas que me fazem perder o chão.
O amor me move a escrever. O amor me leva a ler. Sentir. Roer. Pedir. Procurar. Esquecer.
O amor pelas pessoas. O amor pelas palavras.
O amor pelo elogio e pelo abraço.
Aquele abraço que ainda estou esperando e que levei esse texto todo, de forma enrolada e enroladora pra pedir.
Traga logo. O que nos separa são só algumas quadras, alguns orgulhos, algumas lembranças. Quando você passar pela primeira, nem vai notar que tudo passou.
Passou!
Tenho até vontade de dar mais um sorriso quando repito isso. PASSOU!
Passe pra esse lado. Porque estou que nem a música que está repetindo aqui, mais de mil vezes: “Parece não querer parar. Não quer parar. Não vai parar... Eu já o que os meus lábios vão querer, quando eu te encontrar...”.
Tão sincero quanto a saudade e a teimosia.
Naiane Feitoza
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