18 de junho de 2009

Meu diploma vai virar pano de chão.

Hoje acordei lindamente bem. Dormi bem e nem acordei uma horinha que fosse pela madrugada. A não ser pra fechar a janela porque tava fazendo frio demais.
Eis que levanto agora (exatamente 10 minutos atrás) e vou direto olhar como ficou a decisão do Supremo sobre a formação de jornalistas como forma de obrigatoriedade na profissão.
E adivinhem. O BRASIL ESTÁ VIRANDO UMA MERDA MESMO!

Como, me digam coooooooomo eles decidem que: "Em se tratando de jornalismo, atividade umbilicalmente ligada às liberdades de expressão e de informação, o Estado não está legitimado a estabelecer condicionamentos e restrições quanto ao acesso à profissão e respectivo exercício profissional. Não se pode fechar as portas dessa atividade comunicacional, que em parte é literatura, arte, muito mais do que ciência, muito mais do que técnica. Não se pode fechar a atividade jornalística para expoentes”, "vomitou" Carlos Ayres Britto, ministro do STF.

Liberdade de expressão? Não fechar para expoentes?
ELES QUE CONHEÇAM ALGUÉM DENTRO DE UM JORNAL E PEÇAM PARA SER COLUNISTAS. ¬¬
GENTE, não vivemos mais na ditadura, esse termo de liberdade de expressão não cabe numa coisa séria que é o "DIPLOMA PARA EXERCER A PROFISSÃO".
Vivemos em uma sociedade que quanto mais se estuda, mais se tem possibilidades de ser um bom profissional. Vemos isso todos os dias nos jornais e nas portas se fechando quando procuramos emprego.
Ai, vejam vocês, agora qualquer um pode ser jornalista. Que lindo!
Se antes reclamávamos que o Médico "tal" era colunista de Política, imagina agora: a criatura que passa a vida falando da vida alheia em porta de revista, vive se metendo em confusão, é metido a escrever textos vazios e, AINDA POR CIMA, sonha em escrever pra CONTIGO! lê a noticia de que agora não precisa de diploma pra se expressar e corre pra arrumar um emprego e assinar matéria. (baah - Aquele bonequinho com a boquinha aberta e olhos pra cima.)
Não vou negar que quando estudei com jornalistas NÃO FORMADOS, eles me davam aula de um monte de coisinhas. Não vou negar que eles estavam na graduação pra ganhar um pouco mais ($$) no trabalho. Muito menos negarei que alguns não queriam perder a carteira de licença de "profissional" de jornalismo. Mas não vou deixar de citar que TODOS adoravam o curso, que diziam que precisavam daquelas aulas, conhecimento, de anos numa cadeira pra entender certas coisas, saber de onde vinham certos conceitos. Ter uma mente aberta e não viciosa que os meios de comunicação nos impoem assim que trabalhamos pra determinada empresa. Aprendemos até ética na profissão. Aprendemos a ser jornalistas de "cacife", de peso, completos.
Sinceramente, porque eles não fazem isso com a medicina, odontologia, direito, educação física, engenharia ou sei lá mais o que?
Nããããããoooo, querem fazer na área da "prole". Dos que nasceram da geração das letras e estão entranhados, familiarizados, quase uma dinastia da informação (drama MESMO!).
Fico imaginando que meus quatro anos de SUFOCO (quem me conhece, sabe o que eu passei na graduação) foram em vão, os quatro anos de colegas que precisavam do diploma pra excluirem a carteirinha de licença para terem o bendito DIPLOMA foram em vão. Fico imaginando que foi em vão passar noooites estudando para as provas de Teoria da Comunicação, Comunicação Comparada, Teoria do Jornalismo, HISTORIA DO JORNALISMO, Jornalismo Digital e outras coisinhas mais, isso dando suporte ao nosso conhecimento, deixando a gente entender porque o jornalismo era a nossa área (ou vocês acham que a minha pose pra explicar a Teoria do Espelho, Escola de Frankfurt, Bourdieu, Mcluhan e até o pateta do Foucault é em vão?!).
Fico imaginando mais longe ainda: e os concursos públicos? Qualquer criatura que fez turismo pode trabalhar na área de Comunicação Social (Hablt. em Jornalismo) assessorando, clipando, cuidando da imagem assim, DO NADA? Grande merda de profissional que estão empregando. Até assistente de telemarketing (e viva ao gerúndio!) vai poder fazer concursos ou entrar em jornais como reporter e até, "estar virando" editor-chefe (Abaixo ao Lead!).
Estudamos sobre ética, minha gente. Estudamos sobre leis, sobre assessorar, sobre cobertura de imagens, sobre o "pode e não pode" do jornalista de rua. Estudamos sobre a lei da imprensa, estudamos sobre como se comportar em uma coletiva, sobre usar imagem de pessoas em comercial, notícias, documentários, revistas e tudo que aparecer. Estudamos sobre fotografia, imagem em vídeo, sobre chateaubriand e a televisão brasileira, sobre livros jornalisticos e livros documentários. Estudamos sobre notícias e "barrigadas", sobre imediatismo, maus profissionais, erros da imprensa, sobre o Collor entrar e o Lula sair.
POXA, NÓS NOS INFORMAMOS PRA DAR O MELHOR À MASSA (sim, sim.. notícias são massificadas).
Não me conformo com nada. Não me conformo em ter que colocar o meu diploma na parede como uma boa lembrança da graduação. Estão golpeando nossa categoria.
Dá até vontade de chorar, sabe?
É como se você perdesse a sua credibilidade, a sua formação. Parece que arrancaram um direito meu. Arrancaram um pedacinho do meu coração. Eu amo ser jornalista. ;/
Acho que foi por isso que na minha formatura, o meu canudo estava vazio. Só enfeite. Só vento.
REVOLTA!
*
"JURO CUMPRIR MINHAS OBRIGAÇÕES COMO JORNALISTA DENTRO DOS PRINCÍPIOS UNIVERSAIS DE JUSTIÇA E DEMOCRACIA, COERENTE COM OS IDEIAS DE COMUNHÃO E FRATERNIDADE ENTRE OS HOMENS, PARA QUE O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO REDUNDE NO APRIMORAMENTE DAS RELAÇÕES HUMANAS QUE RESULTARÁ NA CONSTRUÇÃO DE UM FUTURO MAIS DIGNO, MAIS JUSTO, PARA QUE OS QUE VIRÃO DEPOIS DE NÓS".
*
P.s.: querem ver de onde vem a palhaçada? Olhem a notícia ai:
E podem comentar metendo o pau.

11 de junho de 2009

É, to voltando...


Caso fique ruborizado com tanta graciosidade;
Eleve-se às nuvens do encanto cantando sorriso – Tenho dito;
Não faça bico, não desvie o olhar.
Corro o risco de desgostar – Não! Nem terminei de falar.
Eu disse que escreveria...
Talvez fosse melhor relevar, mas a gata da foto não me deixa calar!
E eu fico aqui, gritando, distribuindo elogios;
Parecendo um bêbado tardio.
Irene, calma! Antes de tudo e depois de mais nada;
Só um dramazinho pra te fazer não ficar calada.
E se fizer bico de novo – Te garanto que mordo!
Se levantar uma das sobrancelhas com aquele ar de superioridade – Te garanto que as palavras serão pimenta que arde!
Porque se eu deixasse pra escrever depois – Seria tarde!
Perder-se-ia no tempo ou talvez ficasse escondido no espaço. Quem sabe?
E como tudo se movimenta em ciclos – Agora é a minha vez de ditar os fatos, de fazer valer os escritos.
Depois de tantos risos e gargalhadas – Uma hora tu ias ter que aparecer aqui, nem que fosse toda estabanada.
Até porque eu fiquei ressentido de tu teres me retratado como “O Cara”.
Depois de todas as estórias – Não devia ter dado essa mancada.
Tudo bem que fiquei oculto, mas quem garante que a identidade não foi revelada?
E o pior foi ter ficado embaixo de três bundas – Te confesso que me rendeu gargalhadas.
Mas três bundas, cara?
Trocaria facilmente três por uma;
Não preciso nem esconder!
Preciso falar?
Era a tua bunda que devia ta lá!
Oh! Santo Deus – Vamos respeitar;
Eu faço, de novo, mais uma vez, quantas vezes forem necessárias, já fiz o pedido!
Nem pense em me enrolar!
No máximo, aceito tuas gargalhadas!



*


Eu seeeei, andei sumida, sem criatividade, sem saco pra escrever, e confesso de coração aberto que seeeeeem saco de ler também.

Tanta coisinha, sabe? "Tantas coisinhas miúdas roendo e comendo, arrasando aos poucos.." , uma bela bosta. Mas agora ta tuuuuuudo bem. Ta tudo frescoflex.

Esse textinho ai de cima, ou melhor, esta PROSA foi feita por um grande amigo de papos sérios e porcarias vindas da madrugada. Um textinho que ele fez pensando em mim. Melhor dizendo, falando de mim.
Marco Aurélio você está no meu coração, seu cara de bosta (nosso jeito carinhoso de nos chamarmos).

E esperem que estou me inspirando nesse momento.