13 de dezembro de 2013

Pra que a pressa?





Não entendo essas amizades de uma vida toda que começou em um mês.
Não entendo as juras de amor mais profundas de um namoro de duas semanas.
Não entendo as cobranças e os exageros que as pessoas fazem, hoje em dia, em torno de outra pessoa que, há dois meses atrás, era um desconhecido.
Acho que o tempo ajuda a gente a amadurecer, ajuda a gente a ver as verdades pequenas (aquelas!), que costumamos guardar embaixo do tapete, pra olhar vez ou outra, pra não deixar a poeira subir.
Tenho muito, muito, muito medo do exagerado de agora. Tenho um medo absurdo do "é isso HOJE ou nada amanhã" dos que plantam o imediato no seu dia-a-dia.

Talvez as pessoas estejam com pressa de amar alguém, de prender um amigo, de ter alguém pra conversar, dormir junto, compartilhar suas coisas. Talvez seja esse o nosso problema: a pressa.
Bom, eu não tenho muita pressa, não (talvez seja esse o maior motivo das brigas da minha mãe comigo: ainda não casei). Eu não tenho pressa pra amar depressa demais, eu não tenho pressa pra ter mais amigos, mais trabalhos, mais momentos, mais certezas. Odeio certezas que eu não quero. Odeio!

Não to julgando vocês que andam com pressa de "viver". Entendam que isso é muito novo pra mim. Tão novo quanto essas declarações de "começa namoro", "termina namoro". "Começa noivado", "termina noivado". "Começa amizade", "cabô amizade". Nossa! Como conseguem? De onde vieram? Pra onde vão os sentimentos das pessoas, quando acabam as manifestações de "AMOR A TODA HORA" (e eu falo de amizade e namoro/casamento)?
Muitos não vão entender a beleza de esperar o dia de amanhã, que, pra mim, é uma das coisas mais legais que já vivi: não saber o que me espera.

Uma coisa é saber que a festinha do João vai ser no sábado e vai bombar. Outra é não saber se na segunda estarei num novo emprego, numa nova luz de marte que deu uma passada ao lado de Vênus, que a minha sorte me fez ganhar na mega ou dar uma topada no cantinho do dedo mindinho.

Eu não tenho pressa, como não tenho planos pra fazer até o ano que vem e no outro e no outro e no mais seguinte.

É só ter calma. Se o mundo acabar, vai dar no mesmo, MESMO.

.Naiane Feitoza