25 de maio de 2010

Invejinha, invejão, invejasso, invejodromo.



Fazia 12 mil anos que eu não vinha aqui postar alguma coisa. O mundo do Twitter me prendeu tanto que não consigo mais sair de casa sem dizer que estou saindo. Não consigo mais dizer que vou lavar os cabelos sem dizer que vou lavá-los. Um bostaral enorme. Mas, não vim aqui falar sobre o Twitter ou o que faço ou deixo de fazer por lá. Vim aqui falar sobre uma lembrança dolorida que tive hoje com um blog de uma jornalista da minha cidade (eu chamo jornalista mesmo: E DAÍ?) que falou sobre “o amigo-da-onça” e contei sobre esse tal amigo que tive nos comentários do blog dela.
Vieram lembranças fortes do acontecido, sabe?
Vou resumir a porra que aconteceu: eu escrevo crônicas, e a pessoa na época trabalhava num jornal TAL e me pediu as minhas crônicas pra divulgar, expor, puxar meu saco, fazer algo com os meus textos que só ficavam no jornal da faculdade e no meu blog. Enfim, foi aquela rasgação de seda na época por conta desses meus textos (e ainda ocorre isso hoje. Que BOM!) que TINHAM que ser lidos por toda a sociedade que lê jornal.
Eu? Eu fiquei foi feliz, radiante e com a pele mais bonita do que quando eu namorava a noite toda (HAHAHAHA). Mas, eu tinha que ver se ia dar certo, porque nem todo mundo gosta de textos tão debochados e diretos como os que faço. Enfim, a pessoa gostava, meus professores amavam, meus amigos bajulavam. Eu ia dar uma de cu doce? NÃO. Mandei os textos.
Espera um dia, dois dias, CINCO dias e nada da pessoa me dar a resposta se tinha gostado do que mandei ou não. Então, fiz como sempre faço: “deixa pra lá, né?”.
Uns dias depois, em casa e fazendo algo que não lembro, recebo a ligação de um amigo que me diz que tinha uma quente pra me falar, mas só podia se fosse pessoalmente. Como boa fofoqueira que sou, não ia perder a oportunidade de ir saborear a mais nova fofoca da semana. E quando chego, quem era o alvo da fofoca? EU! Qual o motivo? MINHA BURRICE E INGENUIDADE.
Abri o jornal e vi meus textos. Oooh, que legal! – pensei. Mas não era legal, o texto era nu e cru como eu havia digitado e pensado. Até as vírgulas e o humor, as risadas, tudo era meu, menos a assinatura e o nome do autor. Veja bem, eu fico vermelha quando fico com raiva, minhas bochechas tufam e eu fico igual ao Kiko do Chaves, mas nesse dia eu fiquei branca. Pior que um fantasma dos filmes. Eu tinha engolido um porco espinho com açaí e manga, minha gente.
A vagabunda (é uma mulher! Admito.) foi tão baixa que não colocou o meu nome?
O pior não era nem isso. O pior foi ver que os meus lindos textos estavam no blog oficial (da época) da pessoa, como dela e um mundarel de elogios.
Eita, eu engoli prego.
Não resumi, né? Mas e da-i? Tinha que contar algumas coisas que aconteceram dentro de mim depois desse dia.
Guardei segredo sobre o acontecido e alguns amigos começaram a me ligar: “naiane, você cedeu teu texto pra fulana?”. E eu: “não, é que ela leu e me pediu, então eu deixei assinar assim mesmo..”. Querendo tirar o meu e o dela da reta, né?
MAS, como conheço meu lado sutil, doce, fofo e delicado, levei meus amigos pra um bar que sempre vamos e falei: “FULANA É UMA LADRA”, e contei toda a história.
Desde então, alguns não a suportam, não falam direito, engolem porque eu pedi. Sim, sim, eu pedi pra que desculpassem, já que foi COMIGO o acontecido, não com eles.
Mas todos, sem exceção, têm horror a ela.
Coitada, o que eu posso fazer? Ela que não tem criatividade, personalidade, caráter, bom senso. Ela pensa que até hoje não sei de nada (só pode!). Pensa que se passaram quase 4 anos e não descobri nem quando ela excluiu o antigo blog.
O mais engraçado é que ela continua a me imitar. Um dia desses me deu vontade de perguntar: “Sim, mana: foi só tu ver como eu entro no Twitter com as minhas frases que tu fazes igual?”. Juro que me deu vontade de perguntar.
Fora os livros que ela lê que todos eu já li. Os lugares por onde viajei. As conversas que tive e amizades que estou tendo. Até puxar saco de pessoas que foram com a minha cara de graça, a criatura está puxando pra ter amizade. Até as minhas histórias de amor, meu Deus do céu. Até as minhas histórias.
Ela imita as minhas palavras, meus gestos, minhas ações.
Cruz credo!
Eu nem sei mais o que falar dessa criatura. Tomara que ela leia isso aqui e descubra que eu sei de tudo e se toque. Ou, sei lá, nem vai se tocar. Pessoas que têm inveja, geralmente, não sabem distinguir a realidade do mundo da gente pro mundo delas.
A propósito, só estou falando disso porque não atualizo isso aqui há tempos, e achei que estava na hora. Vou ver se volto ao costume de ter criatividade e me dar ao luxo de escrever algo.
E não, eu não estou apaixonada, pra quem quer saber, ta?
Rá.

Naiane Feitoza