21 de outubro de 2009

Zé Irene.


"Essa vida viu, Zé. Pode ser boa que é uma coisa.
Já chorei muito, já doeu muito esse coração. Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra.
Sabe Zé, no começo doeu não sentir nada. Mas eu consegui. Eu não sinto nada. Nada.
Nem pena do mundo eu consigo mais sentir.
Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma.
Já era, Zé.
É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja.
Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa.
Eu queria te dizer que eu sinto muito, Zé. Mas eu não posso te dizer isso porque a verdade é que eu não sinto mais nada. Nadinha, Zé."

(Tati Bernardi)


Achei esse texto ha um tempo atrás e sempre quis mostrá-lo, mas faltava um tempo. Faltava uma oportunidade.
Sempre gostei dos textos da Tati Bernardi, mas esse em especial me conquistou.
É, a gente se transforma num Zé. Eu já era um pouquinho dele. Mas hoje? Hoje eu tenho o coração do Zé.
;)

Bom, acho que vou me dedicar um pouco numa coisa que eu to apanhando. TWITTER. ¬¬
Como isso é UM SACO. Só fiz porque duas amigas me enxeeeeram o saco ontem a noite pra fazer e... "segui-las".
Cara, se eu me aporrinhar eu cancelo aquela droga que não vai me servir de nada. Até do orkut eu to de saco cheio.

(humor oscilando)

Cheiro, cheirinho cheirãããoo.. ;*

13 de outubro de 2009

Irene de berço.



"Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseje também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez."


*Porque ontem foi meu aniversário e to sentindo que o 2.8 vai ser turbo. (Mas com carinha de 2.2 Flex)

*Porque eu não seria ninguém sem os meus amigos.

*Ainda bem que eu não bebo tanto quanto antes. A conta do bar teria me levado a falência.

*Meu coração pulsou mais forte. Mas não sei se isso é bom.

*Estou vivendo um dia de cada vez.

*Definitivamente, Maria Bethania, Gonzaguinha e Chico Buarque sempre (desde os meus 13 anos) vão fazer parte do meu coração, do meu ritmo, das minhas palavras... do meu amor.

*Ahhh, como é bom viver mais um pouco.

*Não. Eu não vou mais sonhar.

*Por fim, eu não gosto mais de ressaca, mas ainda gosto de comemorar meu aniversário.


6 de outubro de 2009

Culpa sua. Azar o meu.



Ei, você...

Olha, as coisas não estão boas ainda.
Ontem vi você online depois de ter ficado uns dias sumida. Não, eu não consigo ver você online e não tremer inteira, não consigo olhar e simplesmente não ver. Abri seu pvt dezenas de vezes pra ver sua foto. Digitei frases e apagava, dava esc, abria de novo. Pensei em desejar boa viagem. Apagava. Fechava a tela. Desconectava o MSN. Mas não consegui simplesmente te bloquear ou deletar pra acabar com esse sofrimento todo. Toda essa frescura.

Ta sendo barra pra mim ainda e as coisas podem se tornar PIORES se eu continuar do jeito que ta. Acabei fazendo até bobagem ontem por ter te visto.
Você tem um poder sobre mim que nem eu sabia que existia. Eu sou fraca por você. E isso tem que acabar. Eu não agüento essa oscilação de sentimentos. Não agüento essa montanha russa dentro de mim.

Me afastar de vez é a melhor solução pra mim. Sei que você concorda porque acho que corre alguma consideração por mim ai nessa sua cabeça.

Mas tem uma condição, não quero ser sua amiga. Não quero ser a pessoa que você olha com carinho e diz: “hoje eu te vejo como uma amiga”. Não quero o seu carinho. Não quero as suas lembranças. Não quero que você me veja com outros olhos.
Não queria que você tivesse deixado de me amar. Não quero a sua amizade. NÃO QUERO!
O que eu queria com você era outra coisa. Eu queria o seu coração de volta.
É, não dá, eu sei. E já que não dá, também não quero ser sua amiga. Me dá ânsia, me corrói, me dá fraqueza essa história de ser sua amiga. Não dá. Eu não engulo.

Talvez seja infantilidade da minha parte dizer essas coisas, mas eu cansei de ser racional. Cansei de brincar de adulta e controlar os sentimentos pra que todos achem que está tudo sob controle. Cansei de falar bonito quando o meu coração é a coisa que mais dói nessa história toda. Cansei de fingir não doer.
Então, na maior de todas as ausências, no meu mais alto e vergonhoso desespero, quero te tirar de perto de mim. Quero tirar você dos meus dias, da minha tristeza, das minhas burradas e até das músicas que eu ouço. Quero excluir o que você um dia representou na minha vida.

Vai ser difícil pra mim cortar mais esse laço?
Vai ser horrível, se você quer saber. Vai ser doloroso, definitivamente vai ser triste. Tão triste quanto as coisas que vem acontecendo comigo desde aquela viagem.
Chorar passou a ser um costume. Me ausentar e me manter longe se tornou um mecanismo de defesa. Me mantendo longe eu esqueço de pensar em você. Trabalhando, produzindo, ajudando uns amigos e dormindo mais que o normal... é assim que eu esqueço “da gente”.

Há quase dois anos eu lutei com tudo que eu tinha pra te reconquistar. Por quase dois anos eu chorei por você, eu corri atrás de você, eu investi exaustivamente em você, em nós, em dias melhores pra mim ao seu lado, em um futuro com você.
Droga, eu quis casar e ter filhos com você. Entende o que significa isso pra mim? Entende a droga que você me causou? Entende o vício absurdo que você se tornou na minha vida? Entende que eu preciso cortar qualquer contato, laço ou notícias de você?
Você não entende que eu mudei a minha vida por você.
Você não entende que eu fui atrás de ti em outro estado e não só uma vez.
Pelo menos, você entende que eu to chorando que nem uma condenada tentando te culpar de dez milhões de coisas só pra não ter que ficar com você no meu pensamento o resto da minha vida?
Entende que eu to me despedindo de você?
Entende. O pior de tudo é que isso você entende e apóia. Assina embaixo. Coloca um voto SIM.

Então, que eu siga o meu caminho e você o seu, como estávamos fazendo há algum tempo. Que as músicas não digam mais nada, e não surjam saudades incômodas ou lembranças dolorosas. Que não haja pensamentos em nenhum dos dois. Muito menos lamentações, principalmente naquela em que eu acordo todos os dias e vejo o dia lindo e fico revoltada, com raiva mesmo de mais um dia lindo que eu não posso ter com você. Essa droga de futuro que eu vou ter que enfrentar sozinha porque você é um frouxo. O maior culpado de todos.

Você é a droga do culpado por eu ter me apaixonado, por eu ter me descontrolado. Você é o culpado por eu querer morrer de tristeza. Você é o culpado pelo meu amor, pela minha raiva, pelos meus dias ruins e pelos meus sorrisos dos momentos bons que tivemos.
Você é o culpado por eu estar indo embora e te deixando em paz.
Você é o culpado por me obrigar a deixar de te amar.
Culpado e egoísta. Que mesquinho.

Eu não te perdôo por me matar de dentro de você. Eu não te perdôo por ter levado meu coração e colocado na droga do seu altar de corações destroçados. E sim, o meu é o mais remendado, o que tem mais caquinhos, o menos viçoso. O meu é aquele que você vai ter gosto em ver que foi o mais ferido.
Você também é o culpado por eu não acreditar mais em destino, em amor, em "somos felizes".
Eu não acredito mais em você e nem na mentira que foi a nossa história. Mentira deslavada. E logo você que odeia mentira e sempre fala dos meus olhos quando essa palavra surge.
Você é uma vergonha.

É verdade, você destruiu meu coração. Você me destruiu. Fez um buraco. Um prejuízo que nunca vai ter como pagar. Falência, meu caro. Mas você vai pagar. Ah, se vai.
Eu não quero dinheiro, não. Guarde ele com você.
Você vai pagar do jeito que eu mais peço a Deus. De bolsos cheios e coração vazio.


Naiane Feitoza

2 de outubro de 2009

Quem canta seus males espanta.




"Meu bem que hoje me pede pra apagar a luz
E pôs meu frágil coração na cruz
No teu penoso altar particular.
Sei lá, a tua ausência me causou o caos,
No breu de hoje eu sinto que
O tempo da cura tornou a tristeza normal.

E então, tu tome tento com meu coração,
Não deixe ele vir na solidão
Encabulado por voltar a sós.
Depois, que o que é confuso te deixar sorrir

Tu me devolva o que tirou daqui,
Que o meu peito se abre e desata os nós.


Se enfim, você um dia resolver mudar
Tirar meu pobre coração do altar
Me devolver, como se deve ser
Ou então, dizer que dele resolveu cuidar

Tirar da cruz e o canonizar,
Digo faço melhor do que lhe parecer.

Teu cais deve ficar em algum lugar assim
Tão longe quanto eu possa ver de mim
Onde ancoraste teu veleiro em flor.
Sem mais, a vida vai passando no vazio

Estou com tudo a flutuar no rio esperando a resposta ao que chamo de amor..."



*



Sempre me apego em canções quando o meu coração não está bem.

Venho escutado ha algum tempo que Maria Gadú é uma moleca que tem uma voz maravilhosamente irresistível, fora as suas canções e interpretações.
Pensando nisso, lembro que prestei mais atenção nela e procurei por ela. Procurei e procurei.
Quando estive em São Paulo, uma ou duas semanas atrás, fiquei sábado a noite no hotel e assistindo "Altas Horas" dei de cara com ela, Maria Gadú, cantando e encantando na minha madrugada de insônia.

E ainda escutei ela cantando uma música de Edith Piaff (pra quem não sabe, antes mesmo de Janis Joplin, é a minha diva número zerinho), "Ne Me Quitte Pas".

Chorei. Me arrepiei inteira e quase tive um colapso por ver a melhor de todas as interpretações da minha amada Edith.

COMO ELA CONSEGUIU FAZER AQUILO?


Não sei, só sei que ela conquistou meu coração de uma forma TÃO ÚNICA, que procurei por todos os lugares o album dela. E achei. E me apaixonei. E estou cada dia mais e mais apaixonada.

Essa canção que postei no blog, em especial é a que não sai do meu celular, meu computador, meu pensamento e até meu coração aprendeu a cantar. "Altar Particular".
Confesso que além da paz que ela está me dando, as canções que sempre procuro ouvir e cantar (não sou cantora, não sou nem aquela louca que canta no chuveiro porque, sinceramente, minha voz é horrível) estão me dando mais que um motivo pra brilhar os olhinhos.
Estão me dando um motivo pra não pensar em tristeza.


Estou apaixonada. Apaixonada de verdade pelas canções que estão preenchendo o meu coração.
Escutem toooodas as músicas dela. TODAS. Mas em especial:
"Tudo diferente", "Altar Particular" e "Quando fui chuva". Nem se fala em "Ne Me Quitte Pas".
Escutem!
Espero só não acordar um dia, revoltada da vida, e postar a primeira coisa saliente e grosseira que vier a minha mente.

Não, não.

Estou procuranco Paz. Somente a Paz.

*A imagem retrata a canção. Néan?

;)